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Nova York leve e desimpedida
Divulgação
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A partir da esquerda, Kim Cattral, Cynthia Nixon, Kristin Davis e Sarah Jessica Parker, protagonistas do seriado |
Multishow estréia amanhã "Sex and the City", a série de comédia mais premiada dos EUA
SÉRGIO DÁVILA
DE NOVA YORK
É UMA das melhores séries já mostradas na TV, e os telespectadores
brasileiros tinham perdido esse privilégio desde o começo do ano passado,
quando o HBO interrompeu sua exibição. Mas a boa nova é que "Sex and The
City" volta amanhã, completa.
O canal Multishow coloca no ar às
23h15 desta segunda o primeiro capítulo
da primeira temporada e fará o mesmo
com todos os outros até o encerramento
da quarta (nos EUA, a série está no meio
da quinta). A conferir as razões de "Sex"
ter ganho vários Globos de Ouro e o
Emmy 2001 de melhor série de comédia.
"Sex" foi criada por Darren Star, que se
baseou no livro da jornalista britânica
Candace Bushnell em que ela reunia suas
colunas sobre sexo publicadas no "The
New York Observer".
Na adaptação, Candace virou a nova-iorquina Carrie (Sarah Jessica Parker),
que ganhou quatro amigas, a relações
públicas liberada Samantha (Kim Cattrall), a marchande reprimida Charlotte
(Kristin Davis) e a advogada revoltada
Miranda (Cynthia Nixon).
Elas traduzem o espírito (sexual, sim,
mas não só) de Nova York como poucas
personagens conseguiram, graças em
grande parte à pena do gay assumido
Darren Star, que falou ao TV Folha:
Como você entende tanto de mulher?
Cresci rodeado delas por todos os lados, e elas continuam me rodeando (risos). Mas tenho muitas amigas de 30
anos, solteiras e bem-sucedidas, então
sabia o dilema que era para essas mulheres resolver a questão da sexualidade e
todos os aspectos que isso envolve... As
aventuras, as roubadas, o humor.
Você também é o criador de outras séries bem-sucedidas, como "Barrados no
Baile" e "Melrose Place", e fracassadas,
como "The $treet". Por que umas deram
certo, e outras não?
É uma combinação do conceito certo
com o elenco certo, o jeito que ela é promovida, o horário que vai ao ar, tudo isso
e nada disso. É impossível responder a
essa pergunta com certeza.
Parte do sucesso de "Sex" não se deve
ao gosto que as pessoas têm de se chocar?
A série é um antídoto para muitas coisas que são feitas na TV hoje em dia. Meu
sonho sempre foi fazer um programa
que fosse "anti-network", "anti-TV" de
certa maneira. Uma comédia adulta. É
impossível fazer uma comédia adulta na
TV aberta pelas proibições e restrições.
A idéia de mulheres falando de homens dessa maneira é muito mais interessante do que se fossem homens e é algo chocante, sim, por que não? O que fizemos foi chamar a atenção para uma
coisa que existe há muito tempo, mas
que as pessoas não olhavam.
Há quem diga que Carrie, Samantha, Miranda e Charlotte são, na verdade, metáforas de homens homossexuais.
O show tem uma audiência gay grande
que gosta de pensar isso, mas discordo.
Elas são pensadas para serem mulheres,
inspiradas em mulheres, e há mulheres
no time de roteiristas para garantir um
ponto de vista e um humor femininos.
Existe algum plano de trazer de volta a
amante lésbica de Samantha, a pintora
Maria, interpretada por Sonia Braga?
A participação dela foi maravilhosa, a
personagem era ótima e foi muito divertido trabalhar com ela. A porta está definitivamente aberta...
Nunca as quatro fizeram tão pouco sexo
quanto hoje. Reflexo de 11 de setembro?
É, a temporada começou um pouco
mais sóbria. Não é uma referência explícita a 11 de setembro, mas os tempos estão mais propícios para a introspecção. E
também estamos encarando o fato de as
garotas estarem ficando mais velhas...
Carrie e Mr. Big terminam juntos?
Eis uma pergunta de US$ 1 milhão (risos)! Essa é uma porta eternamente escancarada de tão aberta...
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