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Dado é mais um galã que tenta a carreira de cantor
CRISTINA RIGITANO
FREE-LANCE PARA A FOLHA
DEPOIS de Fábio Junior e Maurício
Mattar -que acabou voltando às
novelas-, mais um galã da Globo tenta
a carreira de cantor. Dado Dolabella, um
dos três atores da emissora que mais recebem cartas de fãs, prepara-se para lançar o CD "Dado pra Você".
Dado afirma que a iniciativa de não renovar contrato com a Globo foi dele, pois
a emissora não o teria liberado para promover seu disco em programas de outros canais.
O ator nega que tenha faltado e se atrasado para gravações da minissérie "A
Casa das Sete Mulheres" e que isso tenha
desagradado a direção da Globo e colegas.
Com o agravamento do estado de saúde de seu pai, o ator Carlos Eduardo Dolabella, a vida de Dado, que na minissérie
interpretou Bentinho, se complicou. "É
da música que tiro forças para encarar
tudo", diz ele.
Antes de se internar, Dolabella, o pai,
que também foi galã nos anos 70 e 80, andou dando conselhos a Dado. Dizia que
o filho deveria dar menos atenção às badalações e tomar juízo. "É intriga da oposição", diz o galã.
No novo disco, Dado homenageia o
pai, na música "Intuição", que, segundo
ele, tem a participação de Tarcísio Meira
lendo trechos de um texto escrito por
Mário Lago (1911-2002).
O ator afirma que a Globo tinha até
planos para ele em uma nova novela.
"Tive uma reunião com André Dias [diretor de novas mídias da Globo" para
tratar do contrato. Pedi que me liberassem para participar de outros programas, para trabalhar meu disco. Não aceitaram, e decidi não renovar." Dias negou
à Folha a realização da reunião com o
ator.
Dado diz que não conseguiria conciliar
as duas ocupações. "Optei pela carreira
de cantor porque a música me leva a outras dimensões", explica.
As fãs vão sofrer muito. Dado Dolabella é o terceiro colocado no ranking de
cartinhas da Globo. À sua frente, estão
Bruno Gagliasso, seu ex-colega de minissérie, e o campeão, Kayky Brito, o Zeca
de "O Beijo do Vampiro". O ator conta com essa popularidade para vender seus discos.
"Nem sei quantas cartas chegam. Acho
que são umas 300 por semana. É maravilhoso esse retorno, mas nossa profissão
não tem esse glamour que as pessoas
imaginam. A gente sofre mais que se trabalhasse na estiva", diz o agora cantor.
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