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ESTRÉIA
Do autor de "Vamp", "O Beijo do Vampiro" repete tema para tentar atrair o público jovem
E o vampirismo está de volta às 19h
CARLA MENEGHINI
DA REPORTAGEM LOCAL
DEPOIS da repetição de tipos e temas de "Terra Nostra" e "O Rei do
Gado" em "Esperança", de Benedito Ruy
Barbosa, a nova novela das sete, "O Beijo
do Vampiro", que estréia amanhã na
mesma Globo, também deve gerar uma
sensação de déjà vu. Escrita por Antônio
Calmon, a trama gira em torno de vampiros, como "Vamp", do mesmo autor,
que foi ao ar em 1991.
"É natural que aconteça a comparação,
até porque as duas são sobre o vampirismo, mas a semelhança acaba aí. "Vamp"
não dispunha dos recursos que temos
hoje e nem tinha núcleo dramático forte.
São completamente diferentes.", diz o
diretor da novela, Marcos Paulo.
"Até o universo dos vampiros é bem
diferente do de "Vamp", que acabou se
perdendo e virando uma chanchada.
Desta vez, o Calmon vai manter mais
equilíbrio para não abrir mão do público
das donas-de-casa", diz Cláudia Raia,
que interpreta a vilã Mina na trama. "A
personagem é um presente do Calmon."
Mas o presente foi retribuído com um
desafio ao autor: depois de assumir a
personagem, que é infértil, Cláudia descobriu que está grávida, e agora Calmon
terá de quebrar a cabeça para adaptar a
crescente barriga da atriz à trama.
Retomada
Misturando terror e humor, "O Beijo do Vampiro" entra no ar
com uma missão: reaproximar o público
infanto-juvenil do horário das 19h.
Sua antecessora, "Desejos de Mulher",
não economizou cenas de violência e temática adulta, distanciando-se do formato tradicional de novela das sete: jovem e humorística. "Não quero comparar, mas "Beijo" é uma mistura que deve
atrair os públicos jovem e adulto. Certamente, o vampirismo estimula o imaginário dos menores", diz o diretor.
A produção inicialmente é dividida em
duas épocas: a medieval, gravada em
Portugal, em que o vampiro Bóris se
apaixona pela princesa Cecília; e a atual,
em que ele tenta conquistar Lívia, reencarnação da princesa.
Com tanta excentricidade, a estréia
causa ansiedade no elenco. "Tem tudo
para dar certo, mas dá medo de não ganhar o público, como foi com "As Filhas
da Mãe", que pecou pela ousadia", diz
Cláudia, cuja maquiagem para encarnar
Mina leva quatro horas para ser feita.
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