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"Eu gosto de tiroteio"
DA REDAÇÃO
No início do mês, o cinegrafista da
Band Júnior Alves virou notícia: ele ficou encurralado no meio de um tiroteio durante gravação no morro do
Querosene, no Rio.
Em entrevista ao TV Folha, ele relembra o episódio.
(RR)
Como aconteceu o tiroteio?
Em 13 anos de carreira, essa foi a
pior situação. Subi o morro com a polícia. Encontramos um vagabundo armado, que deu tiros na gente. Todos
se jogaram no chão. Fui atrás dos policiais, mas batemos de frente com
mais cinco bandidos armados com
fuzis. As rajadas eram tão grandes que
pedaços de cimento e cápsulas batiam
na gente. Os policiais atiravam também. Ficamos cercados. Pensei: agora
vamos morrer. A sorte foi que liguei
para a Band, que avisou à polícia.
Você já tinha vivido algo parecido?
Várias vezes. Eu gosto de tiroteio, de
estar no meio. É minha especialidade,
me dá prazer.
Vale a pena correr tantos riscos?
Pensando só no salário, não. Mas é
emocionante, vivemos cenas de cinema. Adoro minha profissão. Acho
que até ajudo a polícia. Mas depois
que vi a gravação, percebi o perigo
que passei. Me arrisquei pra caramba.
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