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PARA MUITOS, AINDA MAGDA
A "divina" Zimmerman ressurge na nova fase de "Marisol"
Antônio Gaudério/Folha Imagem
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A atriz Vera Zimmerman, que ficou famosa como a Magda da novela "Meu Bem, Meu Mal", exibida pela Globo em 1990, e será uma vilã na trama do SBT a partir da semana que vem |
CARLA MENEGHINI
DA REPORTAGEM LOCAL
DESDE a semana passada, a atriz
Vera Zimmerman, 38, está mais
cansada e mais feliz. O motivo é a correria das gravações da novela "Marisol", do
SBT, em cuja segunda fase ela viverá a vilã Sandra. "Tenho gravado de 20 a 30 cenas por dia, mas estou adorando voltar
às novelas. Prefiro um papel bacana numa outra emissora do que um papel pequeno na Globo", diz.
Sua personagem entra na trama a partir da semana que vem. Ela será uma advogada bem-sucedida, amiga da também vilã Amparo (Glauce Graieb), que
se envolverá com Rodrigo (Carlos Casagrande), afastando-o da heroína Marisol
(Bárbara Paz).
"Só que a Sandra só vai ser realmente
má até descobrir que a Vanessa, filha
adotiva da Marisol, é, na verdade, sua filha, abandonada em uma caixa de papelão 18 anos antes", conta Vera, que afirma se divertir com as manobras melodramáticas da novela -cujo texto é
adaptado do folhetim homônimo mexicano. "É um desafio interpretar um texto
desses com credibilidade."
Retorno
Há mais de três anos longe
da teledramaturgia -seu último trabalho foi um pequeno papel em "Malhação", da Globo-, Vera nega que esteja
sumida da TV. "As pessoas pensam que,
porque você não está na novela das oito,
está sumida, mas não parei de trabalhar
um só dia", diz a atriz.
A referência tem sua razão: Vera ficou
marcada pelo sucesso da personagem
Magda, da novela "Meu bem, Meu Mal",
que foi ao ar na Globo em 1990: "Até hoje
me param na rua e me chamam de Magda, acredita?".
Mais marcante do que Magda, só o título de musa inspiradora de Caetano Veloso, que dedicou a ela a música "Vera
Gata", lançada em 1981. "Quando eu tinha 16 anos, conheci o Caetano na Bahia,
a gente acabou namorando, e ele fez essa
música para mim. Na época, eu virei
uma espécie de celebridade, o que me
ajudou no início da carreira", conta.
Mas, se não estava sumida, por onde
andou Vera Zimmerman nos últimos
anos? "Gosto de experimentar diversas
emissoras e de intercalar TV com cinema
e teatro", afirma. Ela participou da minissérie "Amor Quase Perfeito", do canal
pago Multishow, do extinto programa
ecológico "Sãos e Salvos", da TV Cultura,
e das novelas "Direito de Nascer", do
SBT, e "Estrela de Fogo", da Record,
além de protagonizar o longa-metragem
"Tônica Dominante", de Lina Chamie, e
a peça infantil "Os Saltimbancos", entre
outros trabalhos.
"Já desejei ter estabilidade, mas a verdade é que, se a Globo tivesse me contratado, eu provavelmente não teria feito
tantos projetos, estaria fazendo somente
o que eles quisessem; isso se não me colocassem na tal da geladeira", afirma.
Aos 20 anos de carreira, Vera se diz orgulhosa de ser independente e "rodada"
em diversas emissoras e lamenta o "monopólio" da produção de teledramaturgia pela Globo. "Em vez de comprar
prontas aquelas novelas mexicanas horríveis, as emissoras menores deveriam
trilhar seu próprio caminho, apostar em
novos autores, arriscar um pouco mais.
Uma novela não precisa ser cara para ser
boa, como acontece com os filmes", diz.
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