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Malibu retorna ao mercado para enfrentar o novo Fusion
Após passar por uma grande remodelação, sedã de luxo Chevrolet virá dos Estados Unidos por cerca de R$ 100 mil
A primeira passagem do Malibu pelo mercado brasileiro foi tímida. O carro chegou às lojas em 2010 para tentar ocupar o espaço que um dia já foi da Chevrolet, com o Opala e o Omega nacional, mas que depois passou a ser monopolizado por Ford Fusion e Hyundai Azera.
O sedã Chevrolet mudou e voltará neste ano. O desenho traz traços mais retos, à prova de questionamentos.
Antes, detalhes como lanternas com elementos redondos e um estranho prolongamento sobre a tampa do porta-malas deixavam a impressão de que havia algo fora de esquadro. O novo Malibu foge das polêmicas ao adotar um visual mais internacional.
Em uma volta com o carro pelas estradas de Detroit, sua terra natal, nota-se a preocupação com o isolamento acústico. A 70 km/h, o som do motor não passa de um sussurro abafado.
A cabine está mais moderna, com forrações de couro sintético até sobre o painel. O sistema de entretenimento evoluiu. No lugar do toca-CDs de antes foi colocado um sistema com tela retrátil sensível ao toque. Só isso já faz o sedã parecer bem mais jovial.
O motor 2.5 da versão testada é um dos cotados para equipar a que será vendida no Brasil. Tem perto de 200 cv e força de sobra, mas o novo Fusion chegou na versão turbo (240 cv) e ganhará uma 2.5 flex em fevereiro, por R$ 90 mil.
Na verdade, o grande problema do Malibu é o rival, que também deu um salto de qualidade. E, por ser produzido nos EUA, o novo Chevrolet tem carga tributaria maior que o Ford, mexicano. O Chevrolet deverá desembarcar por cerca de R$ 100 mil.
Tais fatores devem atrapalhar o desempenho de mercado do Malibu, um carro que não surpreende nem decepciona, pois entrega aquilo que seu público espera.