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PICAPE
Modelo da Ford ganhou reestilização, trocou a suspensão e teve espaço interno aumentado e bancos redesenhados
Motor e painel sobrevivem na Ranger
JOSÉ AUGUSTO AMORIM
ENVIADO ESPECIAL A TATUÍ
O cliente pediu, a
Ford atendeu. Foram três anos de
pesquisa para dar
mais do que uma
nova cara à Ranger.
Além do desenho inspirado nas
F-150 (que não existe aqui) e
F-250, a picape ganhou uma suspensão mais "agradável" e muito
mais espaço no habitáculo. O motor, porém, continua o mesmo.
Disponível a partir do fim do
mês e focada no consumidor da
América Latina, a nova Ranger
quer passar a idéia de robustez,
modernidade e evolução. A frente
está mais alta; os retrovisores,
maiores. Na lateral, apenas frisos
e maçanetas foram repaginados.
A traseira mantém os traços básicos da geração anterior, mas passa a ostentar um grande oval azul
no centro da tampa da caçamba.
O interior está consideravelmente mais espaçoso. Os trilhos
têm maior curso, e os bancos inclinam mais. O motorista pode
regular a altura de seu assento, e
as versões mais luxuosas trazem a
opção de ajuste lombar.
Mecânica
A diesel, a Ranger continua com
duas opções de motorização: uma
de 132 cv (cavalos) e outra de 135
cv. A Mitsubishi L200 Sport desenvolve 141 cv, mas a Ford é a picape com melhor torque da categoria. São 38,2 kgfm a apenas
1.400 rpm. O motor é eficiente,
mas não o suficiente para proporcionar um desempenho melhor
do que anteriormente.
De fato, a Ranger ficou mais lenta. Antes, partindo da imobilidade, chegava a 100 km/h em 13,24s.
Agora, são necessários 13,55s. As
retomadas também pioraram.
Exemplo: de 40 a 80 km/h, o tempo passou de 9,66s para 11,53s.
Conforto
Mas esses números não são tão
importantes para um carro que
foi feito para rodar na terra. E a
nova suspensão faz toda a diferença. Com direito a molas auxiliares, ela absorve bem valetas e
possíveis pulos que a picape dê
-na prática, isso quer dizer que
motorista e passageiros não sacolejam tanto como antes.
Os pneus de uso misto foram
desenvolvidos especialmente para o modelo e, diz a Ford, ajudam
a reduzir o nível de ruídos. A fábrica também afirma que usou
um revestimento mais eficiente
-e mais fino, contribuindo para
aumentar o espaço interno. Segundo o teste Folha-Mauá, a Ranger registrou 68 dBA a 80 km/h,
ante 75 dBA da geração anterior.
Mais cara
Todas essas inovações deixaram
a Ranger, em média, 1,3% mais
cara -de acordo com a montadora, não foram repassados os
gastos do investimento, mas de
insumos como o aço.
A versão mais em conta é a XLS,
que traz direção hidráulica, ar-condicionado e trio elétrico de série. Ela vai de R$ 45,9 mil (4x2, gasolina, cabine simples) a R$ 76,5
mil (4x4, diesel, cabine dupla).
Há ainda a opção XLT, que, 4x2,
custa R$ 74,9 mil -R$ 9.700 mais
em conta que com tração integral.
A topo de linha é a Limited, que
pode ser pintada em dois tons,
tem detalhes cromados e chega a
R$ 88,5 mil. No Brasil, o mercado
de picapes se concentra na faixa
entre R$ 67 mil e R$ 91 mil.
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