|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
MOTO
"Custom" nacional da Yamaha, rival da Honda, chega por R$ 21.982
Classuda, Drag Star faz sombra à Shadow
DA REDAÇÃO
Mostradores integrados ao
imenso tanque de combustível
(no qual cabem 16 litros de gasolina), escapamento duplo e profusão de detalhes cromados são alguns dos destaques da nova Drag
Star XVS 650, da Yamaha.
Com esse visual retrô, típico das
"custom" norte-americanas, tira
do mercado a topo de linha Yamaha Virago 535 e ameaça a VT
600C Shadow, da rival Honda.
Além do design mais moderno,
a arma da nova "custom" é o desempenho do motor de 649 cm3
de cilindrada, que desenvolve 40
cv (cavalos) de potência (a Shadow traz 39 cv) e proporciona um
torque (força) máximo de 5,2
kgfm, "quase" o de um Renault
Clio 1.0 8V (8,3 kgfm). Só que a
moto pesa 242 kg, e o Clio, 865 kg.
Com tal vigor, o motor permite
boas retomadas de velocidade
sem ter necessariamente de recorrer a reduzidas no câmbio, que
oferece cinco velocidades. É, porém, um tanto pesada, sobretudo
para subidas acentuadas -não
pouco comuns em São Paulo. Seco, o peso da moto é de 215 kg
(14 kg a mais que a concorrente).
A Drag Star marca presença,
provocando olhares curiosos. Os
menos tímidos se arriscam a perguntar de que marca é "essa moto
importada". Pois agora o modelo
é nacional, fabricado na Zona
Franca de Manaus, depois de ter
sido trazido do exterior por um
curto período, entre 2000 e 2001.
Autonomia
O novo modelo promete levar o
motociclista mais longe, graças ao
tamanho do tanque, cinco litros
maior que o da estradeira da
Honda. Mas atenção: assim como
ocorreu no test-drive da Folha,
corre-se o risco de a moto parar
por falta de combustível.
Nem ela nem a rival dispõem de
marcador. É preciso colocar na
reserva e procurar o posto mais
próximo. Ou habituar-se a calcular seu consumo para verificar
quanto falta para o tanque secar.
Problema é que não há calculadora nem como item opcional.
No painel de instrumentos, vêm
velocímetro, hodômetro total e
parcial, indicador de farol alto, de
seta, de marcha em ponto morto e
de problemas no motor.
É confortável para dirigir, muito embora as pedaleiras avançadas e a embreagem (um tanto alta) demandem um certo tempo
para que o condutor se acostume.
O garupa também vai mais bem
acomodado na moto da Honda.
Embora o assento seja milimetricamente mais alto (695 mm) que
o da Shadow (690 mm), os mais
baixinhos não têm do que se queixar. É possível manter o equilíbrio
e a segurança perfeitamente, até
nos momentos mais críticos, como durante a parada num aclive.
A moto da Yamaha pesa mais
também no bolso do comprador:
custa R$ 21.982, contra R$ 20.382
da Shadow -sem contar frete e
óleo. Vale lembrar, porém, que a
Drag Star, que pode ser adquirida
nas cores preto ou prata, é mais
moderna. (LUÍS PEREZ)
Texto Anterior: "Popular": Gol Special agora traz o desenho da Geração III Próximo Texto: Ficha técnica Índice
|