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SEDÃ
Nova geração do Audi incorpora equipamentos do "irmão", mas custa menos que concorrentes da BMW e da Mercedes
Mais próximo do A8, A6 aposta em preço
A6 ganhou um friso cromado;
no interior (acima), sedã de
luxo tem acabamento em
madeira e tela multimídia
LUCAS LITVAY
ENVIADO ESPECIAL A UNA (BA)
Com um atraso de sete meses
em relação à Europa, chega ao
país o novo Audi A6, modelo que
será a estrela do estande da marca
alemã no Salão de São Paulo. No
Brasil, a nova geração faz o sedã
de luxo ser o primeiro modelo a
contar com as linhas do atual design adotado em todos os Audi.
Na parte dianteira, é impossível
não notar a imensa grade dianteira que já faz parte do A3, A4 e A8
de 12 cilindros -que, por enquanto, rodam só na Europa e
nos EUA. Mas, com o A8, a semelhança vai bem além do desenho.
O A6 ganhou dispositivos tecnológicos do "irmão" mais velho.
Foram incorporados equipamentos como faróis de xenônio que
iluminam as curvas conforme o
movimento do carro, portas que
se destravam sem a necessidade
de tirar a chave do bolso e sistema
multimídia com DVD.
O interior também não disfarça
o grau de parentesco. No volante
estão os comandos de som e piloto automático. No centro do painel fica a tela de 7 polegadas do
sistema MMI (Multi Media Interface), que transmite ao motorista
informações como pressão dos
pneus, coordenadas da navegação por satélite, sintonia do rádio
e até agenda de telefones.
Todas as funções são acionadas
por meio de um botão giratório
localizado no console central. Ao
lado há um outro botão: basta
pressioná-lo para o motor começar a funcionar. Vale a pena também destacar o câmbio Tiptronic,
acionado por borboletas atrás do
volante, e a tração permanente
nas quatro rodas.
Se as semelhanças com o grandalhão A8 são muitas, a diferença
se ressalta nas dimensões. Apesar
de ter ganhado 34% de rigidez
torcional e 8,3 cm de distância entreeixos, o A6 não chega a ter o espaço e conforto interno do "irmão". Contudo, a capacidade do
porta-malas cresceu de 434 litros
para 546 litros.
Desempenho
O cliente brasileiro pode optar
entre duas motorizações: uma 3.0,
com 218 cv (cavalos), e outra 4.2
V8 (oito cilindros em "V"), que
tem 335 cv e 42,9 kgfm de torque
(força). A nova geração não terá
mais a versão 2.7 biturbo.
De acordo com a fábrica, a versão mais potente acelera de 0 a 100
km/h em 6,1s e atinge velocidade
máxima, limitada eletronicamente, de 250 km/h. Já o propulsor 3.0
é 1,8s mais lento na aceleração e
alcança, no máximo, 240 km/h.
Com todas essas alterações, a
Audi espera recuperar mercado.
Nos últimos meses, viu as vendas
do A6 despencarem e a liderança
no segmento ir embora com a
chegada dos novos BMW Série 5 e
Mercedes-Benz Classe E.
Porém a marca diz que retornará ao topo do pódio apostando as
fichas no preço um pouco mais
em conta que os arqui-rivais. Para
que o objetivo se realize, a Audi
pretende encontrar até o final do
ano 75 endinheirados dispostos a
gastar mais de R$ 300 mil.
Em 2005, a expectativa é comercializar 25 unidades do A6 por
mês. Os preços sugeridos são
R$ 305,6 mil (versão 3.0), R$ 315,6
mil (3.0 Sport, que vem com bancos dianteiros esportivos e detalhes em alumínio) e R$ 374,4 mil
(4.2 e tração nas quatro rodas).
Pelo 530i, de 231 cv, a BMW cobra R$ 327 mil. Com motor 4.5
V8, o preço sobe para R$ 394 mil.
Já a tabela da Mercedes-Benz indica o valor de R$ 321.811 para o
E 320 e R$ 394.723 para o E 500.
Lucas Litvay viajou a convite da Audi
Senna
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