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Modelo de R$ 475 mil tem carroceria de alumínio, farol de xenônio que acompanha curvas, TV e telefone
Sobriedade fica só do lado de fora no A8
JOSÉ AUGUSTO AMORIM
ENVIADO ESPECIAL A UNA (BA)
É raro, mas há senhores de 60
anos esportistas. Aquele tipo que
corre, que esbanja vitalidade. É
mais ou menos assim que se comporta o novo Audi A8. Com exterior sóbrio, seu motor 4.2 V8 (oito
cilindros em "V") tem fôlego de
criança: são 335 cavalos e, segundo números de fábrica, aceleração
até 100 km/h em 6,3 segundos.
Para dar mais emoção a quem
senta atrás do volante, o câmbio
Tiptronic de seis velocidades pode ser controlado por "borboletas", como nos carros de Fórmula
1. Pena que elas fiquem perto
demais das alavancas do limpador de pára-brisa e das setas, o
que atrapalha as mudanças.
E tudo isso funciona de uma
forma exclusiva nesse sedã. Basta
estar com a chave por perto e
apertar um botão no painel para o
motor ligar. Para abrir as portas, o
sistema é o mesmo. No botão de
ignição, um sensor lê as digitais
do motorista e regula cinto de segurança, retrovisores, ar-condicionado, rádio e banco.
A carroceria também é inovadora. Agora é feita em alumínio, o
que a deixou 140 quilos mais leve.
O material é usado no chassi e na
suspensão. Só que todo o trabalho
dos engenheiros da Audi deve
acabar quando os brasileiros
mandarem blindar o veículo.
Ou será que alguém vai andar
com um carro de R$ 475,4 mil
sem proteção? "Os R$ 400 ninguém vai pagar", brinca Jaroslav
Sussland, diretor de vendas da
Audi Senna. Segundo ele, a previsão é vender 50 unidades por ano.
"Em sete anos, vendemos 353
A8." Lançado no Salão de Paris e
mostrado no de São Paulo, já foi
encomendado por 20 pessoas.
O novo A8 tem como missão
garantir a permanência da Audi
na liderança das vendas de automóveis de alto luxo. Mesmo com
itens exclusivos, como o próprio
sistema de ignição e TV, irá enfrentar, principalmente, BMW
745i e Mercedes-Benz S 500.
Feito na planta de Neckarsulm,
na Alemanha, o modelo da Audi
divide a plataforma com o Volkswagen Phaeton, que começa a ser
vendido no Brasil no ano que
vem. Custará US$ 130 mil (cerca
de R$ 390 mil), o que lhe dá o posto de mais "barato". Na sequência
aparecem A8, BMW 745i (R$ 479
mil) e Mercedes-Benz S 500
(US$ 177,4 mil, ou R$ 530 mil).
José Augusto Amorim viajou a convite
da Audi Senna
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