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São Paulo, domingo, 04 de maio de 2003

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Modelo de R$ 475 mil tem carroceria de alumínio, farol de xenônio que acompanha curvas, TV e telefone

Sobriedade fica só do lado de fora no A8

JOSÉ AUGUSTO AMORIM
ENVIADO ESPECIAL A UNA (BA)

É raro, mas há senhores de 60 anos esportistas. Aquele tipo que corre, que esbanja vitalidade. É mais ou menos assim que se comporta o novo Audi A8. Com exterior sóbrio, seu motor 4.2 V8 (oito cilindros em "V") tem fôlego de criança: são 335 cavalos e, segundo números de fábrica, aceleração até 100 km/h em 6,3 segundos.
Para dar mais emoção a quem senta atrás do volante, o câmbio Tiptronic de seis velocidades pode ser controlado por "borboletas", como nos carros de Fórmula 1. Pena que elas fiquem perto demais das alavancas do limpador de pára-brisa e das setas, o que atrapalha as mudanças.
E tudo isso funciona de uma forma exclusiva nesse sedã. Basta estar com a chave por perto e apertar um botão no painel para o motor ligar. Para abrir as portas, o sistema é o mesmo. No botão de ignição, um sensor lê as digitais do motorista e regula cinto de segurança, retrovisores, ar-condicionado, rádio e banco.
A carroceria também é inovadora. Agora é feita em alumínio, o que a deixou 140 quilos mais leve. O material é usado no chassi e na suspensão. Só que todo o trabalho dos engenheiros da Audi deve acabar quando os brasileiros mandarem blindar o veículo.
Ou será que alguém vai andar com um carro de R$ 475,4 mil sem proteção? "Os R$ 400 ninguém vai pagar", brinca Jaroslav Sussland, diretor de vendas da Audi Senna. Segundo ele, a previsão é vender 50 unidades por ano. "Em sete anos, vendemos 353 A8." Lançado no Salão de Paris e mostrado no de São Paulo, já foi encomendado por 20 pessoas.
O novo A8 tem como missão garantir a permanência da Audi na liderança das vendas de automóveis de alto luxo. Mesmo com itens exclusivos, como o próprio sistema de ignição e TV, irá enfrentar, principalmente, BMW 745i e Mercedes-Benz S 500.
Feito na planta de Neckarsulm, na Alemanha, o modelo da Audi divide a plataforma com o Volkswagen Phaeton, que começa a ser vendido no Brasil no ano que vem. Custará US$ 130 mil (cerca de R$ 390 mil), o que lhe dá o posto de mais "barato". Na sequência aparecem A8, BMW 745i (R$ 479 mil) e Mercedes-Benz S 500 (US$ 177,4 mil, ou R$ 530 mil).


José Augusto Amorim viajou a convite da Audi Senna


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