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MADE IN BRAZIL
Queda na emissão de poluentes é o único impacto imediato para o consumidor; lei permite mistura de 2%
A partir de janeiro, veículos poderão rodar com biodiesel
DO ENVIADO ESPECIAL A BRASÍLIA
Numa época em que os motores bicombustíveis ressuscitaram
o álcool, e o petróleo, 40 anos antes de sua extinção, bate recordes
de preço, o Brasil começa a pensar
numa nova fonte energética. É o
biodiesel, que pode ser feito com
óleos de soja, mamona, dendê e
pequi ou até mesmo a gordura resultante de frituras ou esgoto.
A partir de janeiro de 2005, o governo permitirá que haja uma
mistura de 2% de biodiesel no
diesel. No posto, não haverá nenhum aviso se há ou não o combustível alternativo, e o consumidor tampouco saberá de qual material foi feito. Não é preciso fazer
adaptações nos motores, e estudos apontam que eles podem rodar com até 30% de biodiesel.
O único impacto imediato para
o consumidor será a queda nas
emissões de poluentes. Estima-se
que o litro do biodiesel custe
R$ 1,24 -no entanto, com a porcentagem pequena, na bomba, o
aumento deve ser de R$ 0,02. Não
há alterações no consumo.
Mas, a 118 dias do início da nova
legislação, o Brasil ainda não tem
uma norma em relação ao biodiesel. Será preciso mudar o estatuto
da Agência Nacional do Petróleo.
"Levando em conta todos os que
dizem que fazem, ainda não temos 15 produtores", contabiliza
Miguel Dabdoub, coordenador
do projeto Biodiesel do Ladetel
(Laboratório de Desenvolvimento de Tecnologias Limpas da Universidade de São Paulo).
Ele já rodou mais de 100 mil quilômetros com uma Citroën Xsara
Picasso e um Peugeot 206, além
de caminhões e tratores movidos
a biodiesel de soja. Segundo Gérard Belot, chefe do departamento de combustíveis e química da
PSA Peugeot Citroën, não houve
variação de potência nem de torque, e os veículos emitiram 11%
menos monóxido de carbono.
José Augusto Amorim viajou a convite
da PSA Peugeot Citroën
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