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perua - média
Com 2 motores, Mégane traz detalhes futuristas
FELIPE NÓBREGA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
O Renault Mégane Sedan
nunca conseguiu superar seus
rivais tradicionais, como o
Honda Civic e o Toyota Corolla.
Enquanto ele emplaca 800 unidades por mês, o Honda consegue cinco vezes mais.
Sua versão perua, a Mégane
Grand Tour, também vende
pouco -menos até que o se-
dã-, mas consegue ser líder do
seu segmento, com média
mensal de 400 carros.
Depois da chegada das minivans, em 1999, muitas famílias
migraram de categoria. As peruas foram deixadas de lado e
quase se extinguiram.
A próxima vítima deve ser a
Toyota Fielder, que vem perdendo espaço na linha de montagem para o novo Corolla. Em
agosto, nenhuma unidade do
modelo foi produzida.
Então, por que as versáteis
minivans ainda não exterminaram de vez as "antecessoras"?
Simplesmente porque muita
gente que precisa de espaço
prefere a posição "esportiva"
de guiar uma perua. Extremistas comparam dirigir uma minivan com um ônibus.
Como num duelo de bangue-bangue em cidade fantasma, a
Mégane (R$ 59.990) mira agora a Peugeot 307 SW (R$
71.990). E começa levando vantagem no preço.
Isso porque a perua da Renault é a única nacional, além
de oferecer uma opção de motorização "light", a 1.6 16V (115
cv). Com o motor comum às
duas peruas -um 2.0 16V-, a
Mégane é R$ 5.400 mais barata
e só não traz o airbag de cabeça.
A versão Privilège, com banco de couro e ar-condicionado
digital, nasceu recentemente
para potencializar as vendas. O
preço é de R$ 82.590.
"A perua é líder porque atende às principais necessidades
de uma família, com muito
charme e personalidade", diz
Vincent Pedretti, chefe de design da montadora no Brasil.
"A Grand Tour entrega um
pacote recheado de equipamentos de segurança, luxo e
tecnologia por um preço justo."
Avião
Para quem está acostumado
com modelos familiares apáticos, a Mégane foge à regra.
Para começar, não utiliza
chave, mas um cartão magnético. A partida do motor é feita
por um botão no painel. A alavanca do freio de mão tem formato de manete de avião.
A Grand Tour também é
"educada", com um silencioso
motor 2.0 16V de 138 cavalos.
Se é cerca de 1,5s mais lenta que
o Golf 2.0 (116 cv) nas provas de
aceleração, vence o médio nas
retomadas de velocidade. De
60 km/h a 100 km/h, levou
8,72s ante 11,88s do VW.
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