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"Queridinhos" repetem sucesso entre os usados
SpaceFox, por exemplo, tem boa procura, mas demora a ser vendida
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Ser o carro zero-quilômetro
mais vendido, em geral, é um
benefício a mais na hora de revendê-lo. Mas, como toda regra
tem sua exceção, a Citroën Xsara Picasso e a Renault Mégane
Grand Tour têm uma procura
fraca, aponta o Sindiauto (Sindicato do Comércio Varejista
de Veículos Usados).
"O mercado de carros usados
é o reflexo do de zero-quilômetro", observa Márcio José Fonseca, 34, gerente de vendas da
Sinal. "Veja o exemplo do Honda Civic: ele tem boa aceitação,
sendo novo ou não."
Mas a versão e a cor também
são determinantes. O mecânico
Douglas Stasenko de Lima, 36,
conta que, quando foi comprar
seu EcoSport 2004, fugiu da
versão 1.0 Supercharger, que
nem é mais fabricada.
"Fiquei com o motor 1.6 porque o outro era fraco para o peso do utilitário esportivo."
Já Pedro Nimer Filho, 43,
presidente da Associação dos
Lojistas de Veículos Automotores do Noroeste Paulista, lembra que a preferência do consumidor varia conforme a região.
"Na cidade de São Paulo, o
mercado é mais amplo e eclético. Revender um Chevrolet
Classic 1.6 de cor verde, por
exemplo, seria mais complicado no interior", acredita.
Outras duas tendências do
mercado de novos que se repetem no de usados são os motores bicombustíveis e os veículos com quatro portas.
Depois de anunciar a sua Fiat
Strada 1999, Felipe Sanches,
24, diz que o telefone dele não
pára de tocar e que a pergunta é
a mesma: "É "flex'? Se fosse, já
teria negociado o carro".
O comerciante Paulo Vasconcelos, 38, está com dificuldade para vender seu Volkswagen Gol 2004 porque ele tem
duas portas. "Nem o desconto
de R$ 2.200 [cerca de 11%] em
relação ao preço de tabela foi
suficiente."
(FELIPE NÓBREGA)
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