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FAMILIAR
Desempenho é próximo, revela teste Folha-Mauá
Única perua bicombustível, Parati pouco muda com álcool e gasolina
FREE-LANCE PARA A FOLHA
A "moda" dos
veículos bicombustíveis -aqueles
que usam álcool,
gasolina ou os dois
juntos- pegou.
Tudo começou com o Volkswagen Gol. Depois vieram Chevrolet
Corsa, VW Parati e Saveiro, Chevrolet Montana, VW Fox, Fiat Palio e Chevrolet Meriva. Com isso,
entre março e novembro, 34.431
veículos bicombustíveis ganharam as ruas, segundo a Anfavea
(Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores).
Como se percebe, as configurações e as motorizações são as mais
variadas. Mas, enquanto a Palio
Weekend flexfuel não chega, a
Parati reina soberana entre as
peruas. A versão Total Flex tem
motor 1.6 e usa acabamento e
equipamentos da City.
Custa R$ 30.732, R$ 151 a mais
que a "irmã" que consome apenas
gasolina. Completa, é vendida por
R$ 37.731 -só pelo ar-condicionado são cobrados R$ 3.551.
A diferença de desempenho
também é pequena. Segundo os
números levantados pela Folha
em parceria com o IMT (Instituto
Mauá de Tecnologia), a Parati alcança os 100 km/h em 11,52 segundos quando abastecida com
álcool. Com gasolina, leva 11,6s.
Em todas as tomadas de aceleração, o combustível "verde" leva
ligeira vantagem. Nas retomadas,
no entanto, o equilíbrio é maior.
O derivado do petróleo tem mais
fôlego quando a perua vai de 40 a
80 km/h (8,22s contra 8,31s do álcool) ou na variação de 60 a 120
km/h (19,08s e 19,23s).
Idade
O maior "degrau" aparece no
consumo. Na cidade, um litro de
álcool é suficiente para rodar
7,4 km. Com gasolina, a média sobe para 10,1 km/l -quase o que o
outro combustível usa na estrada.
O consumo rodoviário da Parati
com gasolina é de 15,4 km/l.
Por conta de toda essa diferença, o motorista só deve parar ao
lado de uma bomba de álcool se
ele custar 70% do preço da gasolina. Segundo a ANP (Agência Nacional do Petróleo), um litro de álcool, em São Paulo, sai por
R$ 0,994 em média, mas pode
chegar a R$ 1,68. Um litro de gasolina custa cerca de R$ 1,90.
A Parati revela que já tem 21
anos de estrada. Os botões dos vidros elétricos ficam no console
central, e o motor faz o carro chacoalhar quando é ligado.
Não é por acaso que a Palio
Weekend segue na frente quando
o assunto são as vendas: teve
20.013 unidades comercializadas
até novembro, contra 11.423 da
Parati.
(JOSÉ AUGUSTO AMORIM)
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