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NA ÁGUA
Isolada, Castelhanos compensa o tortuoso caminho pela lama
JOSÉ AUGUSTO AMORIM
ENVIADO ESPECIAL A ILHABELA
Vinte e sete quilômetros separam a civilização de um lugar
praticamente inexplorado. Há
duas opções para chegar à praia
de Castelhanos (em Ilhabela, a
217 km de São Paulo): de barco
ou com um modelo 4x4. Escolhemos a segunda opção.
A bordo de uma Chevrolet
S10, a tarefa é até fácil. A tração
nas quatro rodas "segura" bem
a picape no barro. Basta apertar
um botão no painel para selecioná-la, mesmo com o carro
em movimento de até 80 km/h.
Para engatar a reduzida, porém,
é preciso parar o carro e pisar na
embreagem -mas a trilha de
Ilhabela não exigiu o "esforço".
No caminho, muita lama, várias pedras, um riacho. Ao chegar perto do mar, o que o turista
vê são alguns surfistas, outros
aventureiros e quiosques que
cabem na palma de uma mão.
Isso sem falar na paisagem, daquelas dignas de cartão-postal.
Pondo na caçamba comida e
barraca e tendo um espírito
aventureiro bastante elevado, é
possível acampar no local. Está
certo que Castelhanos é um lugar ecologicamente correto,
mas não esqueça de incluir repelente na bagagem.
A S10 só sofreu na volta. O primeiro obstáculo foi subir uma
ladeira -para descer, todo santo ajuda. O problema não era
falta de tração, mas a altura em
relação ao solo. As "valas", cavadas por quem tinha passado antes, estavam muito fundas, o
que impediu uma travessia
tranqüila.
Um jipe Envesa -bem mais
alto que uma picape- passou
sem problemas, nos deixando,
invejosos, ainda na base da ladeira. Cinco tentativas mais tarde, porém, já estávamos no caminho certo rumo à civilização.
José Augusto Amorim e
Fernando Moraes viajaram em uma
S10 cedida pela General Motors.
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