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MÉDIO
Agora equipado com a nova transmissão, sedã apresenta pequena queda de desempenho em relação à versão manual
Focus se dá bem com o câmbio automático
FREE-LANCE PARA A FOLHA
A concorrência fez bem ao Ford Focus Sedan. Competindo com Chevrolet Astra, Honda Civic, Toyota Corolla
e Fiat Marea, que já contam com
câmbio automático, é a vez de o
sedã médio da Ford ser equipado
com esse tipo de transmissão.
Sem alterações na motorização
-continua 2.0 de 130 cv (cavalos)-, o câmbio vem da Mazda,
que pertence à Ford. Por enquanto será oferecido apenas para a
versão sedã, mas em breve chegará ao hatchback. O motor 1.8 não
receberá o câmbio automático.
Na pista, a nova versão fica pouco tempo atrás da "normal". Chega a 100 km/h em 11,66s, contra 9,89s. Derrota Corolla (11,95s), Civic (12,29s) e Astra (12,51s).
Ágil na cidade, reflete o resultado no teste Folha-Mauá. O Focus
automático vai de 40 a 80 km/h
em 5,04s, enquanto o mecânico
precisa de 6,42s. Quando vão de
60 para 100 km/h precisam de,
respectivamente, 6,75s e 9,40s.
Quem quer o conforto de não
trocar marchas deve parar mais
no posto. O consumo urbano do
automático é de 7,20 km/l; o mecânico faz 9,74 km/l. Na estrada, a
novidade tem ligeira vantagem:
14,0 km/l contra 13,53 km/l.
Linha 2003
Já integrante da linha 2003 da
Ford, o Focus traz, junto com o
câmbio automático, bancos de
couro, teto solar elétrico, ar-condicionado eletrônico e interior
preto. O toca-CDs engloba o sistema de viva-voz para celular -o
que era bastante útil enquanto o
Denatran (Departamento Nacional de Trânsito) permitia seu uso.
Por fora, as maçanetas são pintadas na cor do carro. Não há nenhuma indicação exterior da nova transmissão, como o "Automatic" na tampa do porta-malas
de alguns veículos.
A nova versão do Focus, que
nasce com a função de alavancar
vendas e ganhar competitividade,
custa R$ 51.490; a mecânica sai
por R$ 35.680. Na lista de equipamentos de série da versão Guia (a
topo de linha, testada pela Folha)
estão freios ABS (antitravamento), controle de tração, computador de bordo, airbag (bolsa de ar
que infla em batidas) duplo, controle de rádio na coluna de direção e travas e vidros elétricos.
É o mais caro entre os concorrentes, também topos de linha. O
Astra é o mais barato de todos:
R$ 45.608. Na sequência, estão Civic (R$ 47.650,14), Corolla
(R$ 49.798) e Marea (R$ 49.934).
A bordo, algumas mudanças seriam bem-vindas. O barulho da
seta poderia ser menos estridente
e facilitaria se houvesse indicação
das marchas no painel.
(JAA)
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