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Toyota lança a Fielder, modelo derivado do Corolla, e aposta em segmento abandonado por concorrentes
A revanche das peruas
JOSÉ AUGUSTO AMORIM
ENVIADO ESPECIAL AO GUARUJÁ
As peruas saíram do mercado
brasileiro porque o consumidor
não as quer mais ou porque as
montadoras simplesmente deixaram de oferecê-las? A Toyota
acredita na segunda opção. Tanto
que escolheu, como seu segundo
carro brasileiro, a Fielder, a versão
familiar do sedã Corolla.
"Temos certeza de que a Fielder
vai redefinir o conceito de "station
wagon" no Brasil", afirma Hiroyuki Okabe, presidente da Toyota
Mercosul. "As minivans não
substituíram as peruas. O consumidor migrou de segmento por
falta de opção", diz Luiz Carlos
Andrade Júnior, o vice de Okabe.
Apresentada como carro-conceito no Salão de São Paulo de
2002, a Fielder está nas revendas
desde sexta-feira em uma versão
única de acabamento -baseada
na XEi do sedã- e com o motor
1.8 16V, de 136 cv (cavalos) e 17,5
kgfm de torque (força).
Segundo a Toyota, a razão dessa
"simplicidade" é a racionalidade
-ou seja, a montadora copiou o
que mais vende no Corolla. A única opção será o câmbio, sendo
que o automático deve representar 70% das esperadas 4.650 vendas até dezembro. Em 2005, a expectativa é emplacar 8.000 carros.
Em resumo, a Toyota vai oferecer um carro bem recheado. A
Fielder traz airbag duplo, freios a
disco com ABS (antitravamento)
e EBD (distribuição eletrônica da
força de frenagem), ar-condicionado, toca-CDs, trio elétrico e travamento das portas quando o carro atinge 20 km/h.
O novo modelo vem acompanhado da estréia da venda de
acessórios nas revendas. O consumidor pode personalizar a perua
com sensores de obstáculos, spoilers, pedaleiras esportivas e películas protetoras para os vidros.
Visual
A frente da Fielder é igual à do
Corolla, mas seus faróis ganharam máscaras negras para dar um
ar de esportividade -e a grade
também é preta. A diferença fica,
óbvio, na traseira, com lanternas
triangulares e aerofólio com a terceira luz de freio integrada.
Pregando a versatilidade do
modelo, a Toyota conseguiu fazer
um carro menor e que transporta
menos bagagem que o Corolla. A
Fielder mede 4,46 m, contra 4,53
do sedã -o entreeixos (e o espaço interno) é igual. O porta-malas
da perua comporta 411 litros, 26
litros a menos que o do "irmão".
Mas a japonesa lembra que a
Fielder é a única "station wagon"
nacional que possui bancos traseiros reclináveis a 20. Além disso, a cobertura do porta-malas
pode ser acomodada sob o assoalho, e há uma espécie de bandeja
para pequenos objetos não ficarem indo de um lado para outro.
Concorrência
A Fielder vai encontrar apenas
duas concorrentes: a Fiat Marea
Weekend e a Peugeot 307 SW. Para o modelo de Betim (MG)
-que já não é mais produzido na
Europa-, perde em preço e capacidade do porta-malas. O modelo francês tem a vantagem de
poder levar até sete pessoas.
A Fielder manual -que apresenta engates bem duros- custa
R$ 56.040, valor que sobe para
R$ 59.950 com transmissão automática. Com bagageiro de 500 l, a
Marea parte dos R$ 46.920. Já a
307 SW custa R$ 66.720. As três
têm potência bastante próximas.
José Augusto Amorim viajou a convite
da Toyota do Brasil
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