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SEDÃ
Modelo da Nissan, vendido aqui até 96, será importado do México, país para o qual a filial brasileira exportará Frontier
Sentra volta ao Brasil depois de oito anos
JOSÉ AUGUSTO AMORIM
ENVIADO ESPECIAL A ZACATECAS (MÉXICO)
A Nissan realmente está decidida a oferecer mais do que modelos 4x4. Depois de passar a vender
o esportivo 350Z em junho, chega
a hora de importar, do México, o
Sentra, sedã que já foi vendido no
Brasil entre 1993 e 1996.
Beneficiada pelo acordo automotivo entre os dois países, a
montadora quer uma pequena fatia de um mercado que representa
8% das vendas brasileiras. De
quebra, vai brigar com Toyota e
Honda e até pegar carona no sucesso das concorrentes.
O Corolla acumula 26.970 vendas até setembro, enquanto o Civic teve 14.995 unidades comercializadas. Com previsão de 150
vendas entre outubro e dezembro, a Nissan pesquisou potenciais clientes e descobriu que reconhecem a qualidade japonesa.
De fato, o Sentra é tão bem acabado quanto Corolla e Civic. Haverá uma versão única, a GXE. A
Nissan irá trazer só o motor 1.8
16V com transmissão automática.
Vai custar R$ 58 mil, e o único opcional será a pintura metálica.
É um preço competitivo. O Civic LXL sai por R$ 55.435, e o valor do Corolla XEi é R$ 59.099. O
Sentra ainda leva vantagem de ser
o único a trazer freios com ABS
(antitravamento), mas só o Civic
tem piso traseiro plano.
O Sentra terá trio elétrico, direção hidráulica, airbag duplo e
alarme, além de pára-choque, frisos, maçanetas e retrovisores pintados na cor do automóvel.
O motor 1.8 do Sentra gera 115
cv (cavalos) e 15,9 kgfm de torque
(força). Com quatro passageiros e
porta-malas cheio, ele sofreu para
subir as ladeiras de Zacatecas. O
câmbio, de quatro velocidades,
não ajuda nas ultrapassagens. A
Nissan diz que seus concorrentes
têm motorizações semelhantes
-o Civic também tem 115 cv,
mas o Corolla conta com 136 cv.
Outro ponto negativo do Nissan
é seu desenho. Ele é de 1999, e a
nova geração chega no meio de
2006. Usará a mesma plataforma
do novo Renault Mégane -Renault e Nissan fazem parte de um
mesmo grupo-, que será feito
no Paraná no próximo ano.
Mas isso não quer dizer que o
sedã ganhará cidadania brasileira.
Haverá um intercâmbio de Sentra
mexicano e Mégane brasileiro,
como prevê o acordo entre os países. E aí está o motivo de importar
o Sentra: a partir de 2006, o Brasil
começa a exportar a Frontier.
José Augusto Amorim viajou a convite
da Nissan do Brasil Automóveis
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