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SEDÃ
Chrysler de quase R$ 139 mil substitui Stratus e 300M
Sebring chega, atrasado, para os que se orgulham dos cabelos grisalhos
DA REDAÇÃO
É uma missão difícil. Com um
ano de atraso, o sedã de luxo
Chrysler Sebring chega ao Brasil
com a missão de fazer os consumidores esquecerem que as concessionárias da marca americana
não comercializam mais os também sedãs Stratus e 300M.
Para tanto, junta características
dos dois e consegue tirar daí a sua
identidade. Tudo no carro, do design ao motor, empolga com moderação. Parece feito sob medida
para um público que já assume e
se orgulha dos cabelos grisalhos.
Visto por fora, o Sebring provoca mais saudades do Stratus, embora seja dez centímetros mais
comprido e dois centímetros
mais alto que o "irmão" extinto.
A coisa muda quando se passa
para o lado de dentro do novo sedã. Bancos de couro, pinceladas
de madeira aqui e acolá e mostradores com forte sotaque art déco
trazem à mente a imponência e o
apelo retrô do 300M.
Motor ligado, o Sebring mostra
que o seu V6 (seis cilindros em
"V") de 204 cavalos e todo em alumínio não brinca em serviço.
Principalmente na estrada, o propulsor despeja potência suficiente
para proporcionar ultrapassagens que preservam os cardíacos.
Somado à estabilidade nas curvas, à infinidade de porta-trecos e
a um câmbio automático pautado
pela precisão e pela sutileza na
troca entre suas quatro velocidades, o atributo do parágrafo anterior contribui para que o sedã encontre no asfalto liso e uniforme
seu habitat natural.
Na cidade, ele sofre. E muito. A
pouca altura em relação ao solo
torna o veículo presa fácil de valetas, lombadas e buracos nem tão
desafiadores assim.
O resto é luxo, conforto e segurança. Há o esperado em um sedã
de quase R$ 139 mil. Ar-condicionado, direção hidráulica, banco
do motorista com regulagem elétrica, piloto automático, travamento central das portas, espelhos retrovisores elétricos com
desembaçador, profusão de airbags (bolsas de ar que inflam em
batidas), barras de proteção laterais, freios ABS (antitravamento)
e toca-CDs para quatro discos.
Com isso, o Sebring tenta peitar
concorrentes como o Chevrolet
Omega e as versões mais "nervosas" do Audi A4.
(EDSON FRANCO)
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