São Paulo, domingo, 11 de agosto de 2002

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LANÇAMENTO

Estratégia da GM é atrair compradores de hatchbacks médios com quatro portas, peruas e minivans maiores

Grande por dentro, Meriva busca consumidor jovem

Divulgação
Derivada do Corsa, a minivan Meriva tem na ampla área envidraçada um de seus maiores trunfos


DO ENVIADO ESPECIAL A CAMPOS DO JORDÃO

Em março, a General Motors inaugurou o segmento dos "compactos premium". Agora, cria um novo nicho de mercado com a minivan Chevrolet Meriva, derivada do Corsa. A idéia é atrair um consumidor jovem, solteiro e que tem adquirido hatchbacks médios com quatro portas, peruas e até minivans maiores.
Um dos grandes destaques da Meriva é ser compacta por fora e espaçosa por dentro, o que facilita a condução, principalmente, na cidade. Em relação à outra minivan da Chevrolet, a Zafira, o novo modelo é 28 cm mais curto, 6 cm mais baixo e 5 cm mais estreito. No entanto seu espaço entreeixos é apenas 7 cm menor.
A nova minivan tem capacidade para transportar cinco passageiros -a Zafira permite levar até sete. É aí que está a diferença básica entre o comprador de um modelo e de outro: a Zafira é um veículo feito para a família.
O diferencial da Meriva é o novo sistema dos bancos traseiros. Batizado de FlexSpace, permite mover ou dobrar totalmente os assentos. Também é possível ter dois lugares maiores, com um "intervalo" entre eles. O segredo é que o deslizamento é feito sobre trilhos e mecanismos reclináveis.
Problema é o preço desse opcional. Vendido apenas com um pacote que inclui trio elétrico, ar-condicionado, regulagem do banco do motorista, faróis de neblina, mostrador digital no centro do painel, custa R$ 7.400 na versão de oito válvulas e R$ 8.200 na 16V (nesse caso, vem com acabamento interno de luxo).
Básica, a versão mais simples custa R$ 28.210. Seu principal item de série é a direção hidráulica. O preço da versão 16V é R$ 31.890, e ela incorpora alarme, trio elétrico, rodas de liga leve e ajuste do banco do motorista.
Computador de bordo e regulagem de altura e profundidade do volante não existem no carro. Freios ABS (antitravamento) e airbag (bolsa de ar que infla em batidas) só serão oferecidos a partir do final deste ano.

Corsa maior
As semelhanças entre a Meriva e o Corsa vão além das lanternas verticais. O painel e o rádio são iguais. Mas a GM não deveria ter perdido a oportunidade de tirar o irritante barulho das setas.
O porta-copos que há entre os bancos dianteiros é inútil: na primeira curva, a garrafa vai para o chão. No porta-malas, há lugar para guardar objetos menores nas laterais e em um fundo falso.
O motor oito válvulas é o mesmo do Corsa. Também desenvolve 102 cv de potência, e seu torque (força) é de 16,8 kgfm. Com o dobro de válvulas, os valores sobem para 122 cv e 17,3 kgfm.
Por ser R$ 3.680 mais barata que a 16V, a expectativa é que a 8V responda por 80% das vendas, que começam no final de agosto. Esse "fenômeno" mercadológico já acontece com a Zafira.
O Corsa teve o desenho criado pela empresa no Brasil, e a Meriva segue o mesmo caminho. A minivan foi desenvolvida por técnicos nacionais e alemães e só começa a ser feita em Zaragoza (Espanha) em janeiro de 2003 -lá, o FlexSpace será item de série.
A inspiração veio das pesquisas. Elas mostram que 41% dos clientes que compram monovolumes buscam espaço interno, e 39% querem estilo exterior.
Desde quando começou a desenvolver a Meriva, a GM já havia decidido que a produção em série do carro começaria em São José dos Campos (91 km a nordeste de SP) e só depois iria para a Europa.
(JOSÉ AUGUSTO AMORIM)


José Augusto Amorim viajou a convite da General Motors do Brasil



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