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LANÇAMENTO
Apesar de apostar nos traços do Siena e da Palio Weekend, fábrica quer seduzir clientes com sorteios e viagens
Novo design encoraja e amedronta a Fiat
JOSÉ AUGUSTO AMORIM
ENVIADO ESPECIAL A FLORIANÓPOLIS
Atrás de Japão, França e Espanha, o Brasil é o quarto maior
produtor mundial de carros compactos. Incluem-se aí os derivados dos hatchbacks, como as
peruas, que venderam 35 mil
unidades em 2003, e os sedãs,
com suas 160 mil unidades comercializadas no ano passado.
Pesquisas mostram que o
design está entre os principais
motivos de compra. Por isso, depois de cerca de três anos, a Fiat
muda a Palio Weekend e o Siena,
que chegam ao mercado em uma
semana já como linha 2005. A
frente é idêntica à do Palio, com
direito a grade no estilo ralador de
queijo e filete cromado nas versões topo de linha. A individualidade, claro, está na traseira.
E haja personalidade! A própria
Fiat parece temer a reação do
público em relação às traseiras
de seus novos modelos. Tanto
que vai sortear um Siena, uma Palio Weekend e quatro viagens para as Olimpíadas de Atenas entre
quem for à concessionária fazer
ao menos um test-drive.
A intenção do renomado estilista Giorgetto Giugiaro foi criar
carros que parecem maiores do
que realmente são. Os dois agora
têm lanternas recortadas pela
tampa do porta-malas.
Luz de ré
A Weekend -dona de 63% do
mercado- tem vidro traseiro
maior, o que melhora a visibilidade. As lanternas ficaram mais largas. Para ajudar a levantar a tampa do bagageiro, há um puxador
que parece parte do pára-choque.
Na parte inferior dele, há uma faixa preta para passar robustez.
A montadora italiana está trazendo outras novidades para a
sua perua. A Fiat tratou de aprontar a Weekend Adventure para estrear junto com a versão estradeira, diferentemente do que aconteceu nas duas primeiras gerações.
No Siena, há uma saliência que
faz as vezes de aerofólio. Não é
nenhuma grande ou inédita idéia,
já que o Chevrolet Corsa Sedan
traz esse recurso.
O que mais se destaca no conjunto ótico é a luz de ré, que ficou
redonda. A placa desceu para o
pára-choque, que não tem friso.
Nas laterais, a novidade é a maçaneta, inspirada na do Stilo. A capacidade do porta-malas foi mantida para os dois carros.
Com o mesmo interior do Palio,
mas muito mais "clean" que o da
segunda geração, Palio Weekend
e Siena inauguram uma nova opção de motor: 1.8 Flex.
Ele também chega ao Palio, cujo
preço foi mantido. Esse propulsor
oferece, com gasolina, 106 cv (cavalos) e 17,5 kgfm de torque (força). A álcool, são 110 cv e
18,4 kgfm. Ele é produzido em
parceria com a General Motors,
mas o sensor do combustível é
fornecido por empresas diferentes: Magneti Marelli para a Fiat e
Delphi para a GM.
As duas configurações também
podem ser equipadas com motorização 1.3 Flex, de 70 cv (gasolina) ou 71 cv (álcool). O sedã tem
sua versão "popular", com o 1.0
Fire modificado no lançamento
do Palio -são 65 cv. A carroceria
antiga do Siena continua sendo
feita para o motor 1.0 e o 1.8 com
opção de gás.
Recheados
As inovações do Palio estão presentes nos seus novos "parentes".
Palio Weekend e Siena são os primeiros perua e sedã compactos a
terem sensor de chuva, airbag lateral, regulagem elétrica do banco
do motorista e o inédito sensor de
obstáculos traseiros, um opcional
que custa R$ 750. A boa nova fica
pelo computador de bordo, que
vem de série desde as versões
mais simples.
O My Car Palio, que configura
diversas funções, como alerta de
excesso de velocidade, mudou o
nome para My Car Fiat. Também
são de série apoio de cabeça embutido no banco traseiro, comando interno de abertura do porta-malas e do tanque de combustível
e desembaçador do vidro traseiro.
Todas as Palio Weekend contam
com direção hidráulica.
O preço do Siena parte de
R$ 25.950, contra os R$ 27.710 do
Corsa Sedan vendido pela internet. Com motor 1.3, sobe para
R$ 27.830. A versão HLX (1.8)
sai por R$ 30.980, muito menos
que o Volkswagen Polo Sedan
1.6, que custa R$ 37.787. Porém o
Siena 1.8 completo chega a
R$ 49.232, quase R$ 2.000 a mais
que um Stilo 16V.
Para a Weekend, os valores são
R$ 30.590 (ELX 1.3) e R$ 35.350
(HLX 1.8). "Não são nossos carros
que são baratos, os outros é que
são caros", alfineta Lélio Ramos,
diretor comercial da Fiat.
José Augusto Amorim viajou a convite
da Fiat Automóveis
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