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MINIVAN
Versão 1.6 do carro da Renault traz comodidade de câmbio automático, mas deve desempenho em baixas rotações
Scénic faz força para engatar novidade
ARMANDO PEREIRA FILHO
EDITOR-ASSISTENTE DE VEÍCULOS E CONSTRUÇÃO
Aliar espaço e comodidade é a
proposta da nova minivan Renault Scénic 1.6 Expression automática. Com essas características
somadas à oferta de itens de série
como direção hidráulica e ar-condicionado, espera atrair famílias,
que demandam áreas generosas.
Mas a principal novidade é mesmo o câmbio automático -raro
de aparecer em modelos de motorização abaixo de 2.0. O compacto
Honda Fit é outra exceção, com
propulsor 1.4.
Numa cidade com trânsito congestionado, a facilidade da transmissão automática vai sendo cada
vez mais bem-vinda. A Renault
destaca ainda a possibilidade de
uso por deficientes físicos, já que
não há o pedal da embreagem.
A montadora tomou o cuidado
de acrescentar ao manual do proprietário um folheto com dicas
para usar o câmbio -uma precaução necessária para ajudar um
motorista que, nessa categoria,
usa mais câmbio manual.
Contraponto
O que é vantagem, porém, também pode se transformar em
ponto negativo. Um carro automático é mais lento em retomadas e consome mais combustível.
O torque (força) máximo, de
15,1 kgfm a 3.750 rpm, não ajuda
nas arrancadas no meio do trânsito. O motor, que gera 110 cv, demora um pouco para responder
em rotações menores (quando
ainda está pegando velocidade) e
acaba ficando mais barulhento.
As concorrentes são equipadas
com motores superiores (2.0), o
que lhes dá vantagem sobre o modelo da Renault. A Citroën Picasso GLX 2.0, por exemplo, tem torque de 19,8 kgfm a 4.100 rpm e
118 cv. A Chevrolet Zafira 2.0 dispõe de torque de 17,3 kgfm a
2.400 rpm e gera 116 cv.
Outra comodidade da Scénic
são os bancos traseiros bem flexíveis. Eles podem ser reclinados,
rebatidos e retirados individualmente, o que aumenta o espaço
para carga sem eliminar totalmente a área para passageiros.
A posição inclinada do volante
pode causar estranheza para
quem está acostumado com carros de passeio.
Carga
No porta-malas, a Scénic ganha
quando se trata de capacidade
máxima. Segundo divulgado pela
Renault, chega a 1.800 l, 100 l a
mais que a Zafira e 450 l superior à
Picasso. Na configuração com
cinco passageiros, no entanto, a
Scénic é a última colocada: 410 l,
em comparação com 600 l da Zafira e 550 l da Picasso.
Outros itens de série do modelo
da Renault são duplo airbag (bolsa que infla em batidas), computador de bordo e travas e vidros
elétricos (tipo um toque para o
motorista). A versão Expression
não tem freios ABS (antitravamento) nem como opcional.
Os bancos, embora não sejam
de couro, são confortáveis. O do
motorista tem regulagem de altura e lombar de série.
Esses elementos todos cobram
um preço do comprador. O carro,
em sua versão básica, custa
R$ 46.950. A Picasso, com direção
hidráulica, ar-condicionado, duplo airbag, travas e vidros elétricos, tem preço de R$ 47.200. A Zafira automática, com equipamentos similares, sai por R$ 55.260.
A Scénic consome menos na cidade do que a Zafira automática.
Segundo a Renault, faz 10,7 km/l.
Teste Folha-Mauá, de maio de
2002, mostra 7,18 km/l para a Zafira. Porém o Chevrolet vence na
estrada: 13,33 km/l contra 11,6
km/l da Scénic. A Citroën não divulga o consumo da Picasso.
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