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Acordo trará novos modelos
FREE-LANCE PARA A FOLHA
Se há muito veículo brasileiro
rodando pelo México, o inverso
não é cena das mais frequentes. O
acordo comercial entre os dois
países, no entanto, pode ajudar o
mercado daqui a crescer e a ganhar novos modelos.
"Pedi ao senhor [Carlos] Ghosn
[presidente e CEO, executivo
mais importante, da Nissan] que
fosse vendido aqui o Sentra e o Z",
revela Nélio Bilate, diretor comercial da Nissan do Brasil. A resposta foi simples: novos modelos só
poderão ser oferecidos se derem
lucro à empresa. E a aposta de Bilate é exatamente na alíquota de
1,1% para trazer o sedã Sentra,
que já chegou a ser vendido aqui.
Em termos de volume, o modelo importado mais vendido é o
Fiesta Sedan, produzido no México como Ikon. Neste ano, junto
com o hatch, acumula 28.159 vendas aqui no Brasil.
A Volkswagen importa Bora e
New Beetle. "O dólar atrapalha, e
são segmentos especiais, limitados aqui no Brasil", diz Leonardo
Soloaga, gerente-executivo de
vendas e exportações da VW.
A primeira geração do Golf que
aportou por aqui também vinha
de lá, situação invertida desde
1999. Soloaga nega os boatos de
que a produção do novo Golf saia
de São José dos Pinhais (PR) para
voltar a Puebla.
A Honda também diz que não é
possível concluir que o preço do
carro aumentou, apesar de a alíquota de importação ter baixado
de 35% para 1,1%. Segundo a empresa, é preciso levar em conta
que a cotação do dólar subiu.
Além disso, a nova geração do Accord, que desembarcou aqui neste ano, foi totalmente reprojetada.
A BMW monta no México, em
regime de CKD (completamente
desmontado, em inglês), o 325i
Security, blindado de fábrica. A
Chrysler importa o PT Cruiser,
que, com seu desenho retrô, teve
cerca de cem unidades vendidas
nos dois anos em que é oferecido
no mercado brasileiro.
Peças
O acordo comercial também inclui autopeças. É o caso do motor
2.0 Duratec que equipa o EcoSport, depois exportado para o
México. As peças formam o grosso das importações brasileiras.
Segundo a Anfavea (associação
dos fabricantes), dos US$ 135,3
milhões que o Brasil comprou em
2000, apenas US$ 12,2 milhões
eram referentes a automóveis.
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