|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
ESPORTIVOS
Avaliados na Itália, S60 R e V70 R conjugam desempenho e segurança
Volvo volta a apostar no emocional
JOSÉ AUGUSTO AMORIM
ENVIADO ESPECIAL A IMOLA
Faz 35 anos que a Mercedes-Benz criou a divisão esportiva
AMG. Os brasileiros já conhecem
os BMW M3 e M5. Além de S3 e
S6, a Audi começa a vender neste
ano o S4. No meio de todos, a Volvo traz de volta ao mercado sua linha R, "aposentada" há seis anos.
Apresentados no último Salão
de Paris, o sedã S60 R e a perua
V70 R contam com a tecnologia a
seu favor para combater os concorrentes, mais potentes. O sistema Four-C checa os movimentos
do carro e adapta a suspensão. O
impressionante: as mudanças
ocorrem 500 vezes por segundo.
Além disso, o motorista escolhe
no painel se quer o modo Comfort, Sport ou Advanced. O primeiro faz o modelo "flutuar" no
asfalto de tão macia que a suspensão fica. A opção esportiva é mais
rígida, enquanto no modo avançado qualquer pedregulho faz os
passageiros sacolejarem. A aposta
no sistema é tamanha que o S80
também será equipado com ele.
Tudo isso aumenta a segurança
de quem quer brincar de piloto e
explorar ao máximo os 300 cavalos de potência que o motor 2.5
turbo gera. Mas prudência é sempre bom: "As leis da física estão aí,
não há como eliminá-las", lembra
Hans Nilsson, chefe do projeto R.
Outra exclusividade dos novos
Volvo é o revestimento em couro
natural nos bancos. No lugar da
tinta, há apenas uma camada de
laca. Mas nem mesmo a Volvo
consegue prever se o consumidor
brasileiro aceitará a novidade.
Emoção
Com a linha R, a empresa quer
despertar o desejo de dirigir no
consumidor. "Entre agosto e dezembro, devemos vender cerca de
20 S60 e cinco V70", estima Felipe
Battistella, gerente de marketing
da Volvo Automóveis. Faz parte
da estratégia trazer cinco unidades do sedã com câmbio manual,
que tem 40,8 kgfm de torque, contra 35,7 kgfm do automático.
Segundo dados de fábrica, o
S60 R acelera de 0 a 100 km/h em
5,7s (transmissão mecânica) e
7,5s (automática). Para a V70 R,
que não terá opção manual, o
tempo é de 7,7s. Todos têm a velocidade limitada a 250 km/h.
O S60 R custará cerca de R$ 270
mil, e a perua, R$ 290 mil. Mas, se
só a emoção não convencer o motorista, há razões objetivas: a Volvo é tida como a montadora mais
segura, não tem fama de ser a favorita de emergentes e dá dois
anos de manutenção gratuita.
A linha R também tem outro diferencial em relação aos modelos
"normais": o desenho é ligeiramente diferente. As mudanças
são funcionais. A nova frente melhora a aerodinâmica e resfria o
motor de maneira mais eficiente.
Na traseira, um discreto aerofólio "prende" o carro ao chão 20%
a mais que o original. "Não é o tipo de carro para chamar a atenção do vizinho", diz Anders
Myrberg, que desenhou a linha R.
No interior, o fundo dos mostradores azul e o uso de alumínio
dão o toque esportivo.
José Augusto Amorim viajou a convite da Volvo Cars
Texto Anterior: Nacionais novos: Sete montadoras reajustam todos os modelos Próximo Texto: Ficha técnica Índice
|