DA REDAÇÃO

Se o Chevrolet Corsa é a melhor opção para os motoristas mais apressados, ele não leva a melhor na ponta do lápis. As montadoras francesas, preocupadas com a imagem de careiras, têm ajudado o consumidor.
A Renault sai na frente quando o assunto é garantia. Oferece três anos para o Sandero, e as outras marcas dão um ano. Também adianta que o amortecedor traseiro do carro, desenhado no Brasil, custa R$ 287.
Por sua vez, a Citroën estabeleceu o valor das revisões do C3: a primeira sai por R$ 195. Uma autorizada Volkswagen cobra R$ 210 pelo serviço; uma Chevrolet pede R$ 300. A Ford cobra três parcelas de R$ 39,90.
É bom cobrar menos para compensar o gasto com funilaria. Um estudo do Cesvi (Centro de Experimentação e Segurança Viária) mostra que o Fiesta tem o reparo mais difícil e caro. Numa escala de 10 a 60 -quanto mais baixa a nota, melhor-, ele obteve 18. Foi seguido de perto pelo Corsa, com 16, enquanto o Sandero e o Gol ficaram com 13 pontos.
A boa notícia para os compradores do Gol segue com o valor do seguro. Se os carros da Volkswagen costumam ter os prêmios mais caros, aqui o fardo passa para o 207.
Cotação da Porto Seguro feita a pedido da Folha indica o valor de R$ 2.167,71 para proteger o Peugeot. O mesmo perfil -homem, morador de Higienópolis (centro de São Paulo), 30 anos- pagaria R$ 1.354,60 se a escolha fosse um Sandero. O Gol exige R$ 1.983,39.
Para as mulheres, o seguro mais caro também é o do 207 (R$ 1.781,87), mas o mais em conta passa a ser o do Corsa: sai por R$ 1.207,98. Elas, responsáveis por 60% das vendas do C3, pagam R$ 1.475,98 na proteção do Citroën.
Outro "calo" nas rodas de liga leve do 207 -o único com o acessório de série na versão mais barata- é o porta-malas. São 245 litros. O campeão é o Sandero, com 320 litros.

Visual
Nenhuma das considerações acima importa? Então a decisão passa para o lado pessoal e deve ser definida pelo design.
Segundo estatísticas da Citroën, 96% dos donos do C3 -que ganha uma versão automática no próximo mês- estão satisfeitos com o estilo e as linhas externas do compacto.
Mesmo assim, ele se juntou aos outros cinco carros desse comparativo para ganhar um "toque de brasilidade". Para o bem ou para o mal, os seis sofreram alterações pensadas pelas filiais brasileiras.
Para o consumidor guiado pela imagem, porém, é melhor ir de Gol. Ainda que não transforme ninguém em Gisele Bündchen, faz todos virarem o pescoço em sua direção.
(JOSÉ AUGUSTO AMORIM)