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Modelo da Renault sai por mais de R$ 150 mil, usa cartão no lugar da chave e é um dos que mais protege passageiros
Tecnologia e segurança encarecem Laguna
FREE-LANCE PARA A FOLHA
Não é tarefa das
mais fáceis vender
um carro que, importado para o Brasil, custa mais de
R$ 150 mil. Dificuldade maior está no diminuto segmento que comercializa apenas
7.500 veículos a cada ano. É nesse
meio que a Renault quer emplacar 300 unidades da segunda
geração do Laguna.
A solução, então, é oferecer algumas exclusividades, como um
cartão no lugar da chave. Basta
colocá-lo numa espécie de fenda
no painel e apertar um botão para
o motor ligar ou desligar. Ah, os
manobristas costumam perguntar se o motorista levou a chave.
O comprador também leva para
casa segurança. Próximo de ganhar cinco estrelas no crash-test
da EuroNCap (entidade de segurança veicular européia), a Renault melhorou os equipamentos
do Laguna para que ele fosse o
primeiro modelo a receber a cotação máxima da entidade.
Ele tem seis airbags (bolsas de ar
que inflam em batidas), corte de
combustível em caso de acidente,
estrutura de carroceria reforçada
e um dispositivo que faz airbag e
cinto de segurança funcionarem
juntos. Isso sem falar em freios
ABS (antitravamento), EBD (distribuição eletrônica da força de
frenagem) e AFU (assistência à
frenagem de urgência).
No banco de trás
Os números aferidos pela Folha
e pelo IMT (Instituto Mauá de
Tecnologia) mostram que o Laguna proporciona uma certa diversão a quem gosta de usar o pé direito. A aceleração de 0 a 100 km/h
acontece em 10,33s. O Citroën C5,
que usa o mesmo propulsor 3.0
V6 de 210 cv, precisa de 9,37s.
Em 2002, o C5 teve a melhor retomada de 60 a 120 km/h entre os
carros testados no ano, com a
marca de 8,08s. O Laguna, também em "drive", levou 10,77s.
No consumo, os dois franceses
praticamente empatam. Enquanto o Laguna registra média de
6,6 km/l na cidade, o C5 roda 200
metros a mais. Na estrada, porém,
a vantagem se inverte: 11,6 km/l
do Renault contra 11,4 km/l.
Para quem viaja no banco de
trás, o Laguna não figura entre as
melhores opções do mercado.
Apesar de oferecer cortinas pára-sol no vidro traseiro e no das portas, o espaço para cabeça é reduzido por conta da curvatura do teto.
Além disso, é de estranhar que
um carro de R$ 154.150 (vendas
pela internet) não apague as luzes
do carro quando o motor é desligado -há uma voz de alerta com
sotaque de Portugal. Também pesa contra o Laguna o fato de só ter
duas opções de cores. O C5, que
custa R$ 140.140, tem seis.
(JOSÉ AUGUSTO AMORIM)
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