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Clio enfim ganha versão de 2 portas
PASQUALE CIPRO NETO
COLUNISTA DA FOLHA
Finalmente chega ao Brasil o
Renault Clio de duas portas, oferecido com dois motores 1.0 (8V,
de 58 cavalos, e 16V, de 70 cv). Inicialmente, o compacto será vendido apenas na versão Authentique, a mais despojada da família.
Falta-lhe, por exemplo, o limpador do vidro traseiro. Em compensação, a versão de 16V vem
com airbag duplo, o que os concorrentes ou não oferecem nem
como opcional (caso do Volkswagen Gol) ou oferecem apenas "no
papel" (caso do Fiat Palio -vá
achar um com airbag!).
A versão de 8V do Clio parte de
R$ 17.990. Completa (com ar-condicionado, pintura metálica e
airbag duplo), custa R$ 22.010.
Com esse motor, não há direção
hidráulica, nem como opcional.
Na versão de 16V, a direção é
opcional -e cara (R$ 1.300). Ainda assim, o Clio 16V de duas portas é mais barato do que os concorrentes similares: parte de
R$ 19.690 e chega a R$ 21.690
(com direção e pintura metálica)
e a R$ 24.390, se for acrescido o ar-condicionado. A versão de duas
portas do Gol Highway (16V), por
exemplo, custa R$ 23.407 (com
direção, sem ar e sem airbag).
Bom desempenho
O propulsor (de 16V) da unidade avaliada pela Folha é bastante
ágil e satisfaz até motoristas que
têm preguiça de trocar as marchas, o que não é comum com esse tipo de motor. Segundo a fábrica, 90% do torque (força) está disponível a partir de 2.700 rpm. O
câmbio é bem escalonado: a primeira e a segunda são curtas, o
que facilita as arrancadas no trânsito urbano; a terceira é elástica.
Embora não tenha acionamento hidráulico (de série no Palio), a
embreagem é macia. Os freios respondem bem às solicitações mais
comuns no trânsito urbano.
As portas da nova versão obviamente são maiores, o que desloca
para trás a coluna do carro. O resultado é que pessoas mais altas
ganham em visibilidade lateral.
Os bancos dianteiros contam
com memória de ajuste, ou seja,
voltam à posição inicial depois de
rebatidos para a entrada de passageiros no banco traseiro. Mesmo
assim, o entra-e-sai não é tarefa
das mais agradáveis. Mas quem
foi que disse que todo mundo
sempre viaja com gente atrás?
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