São Paulo, domingo, 18 de novembro de 2001

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LANÇAMENTO

Carro chega em duas versões, que custam R$ 26,2 mil e R$ 31,5 mil

Van Doblò, da Fiat, é feita para 5, 6 ou 7 passageiros

ENVIADA ESPECIAL A GOIÁS

Um ano após ser lançada na Europa, chega às concessionárias Fiat nesta semana a van brasileira Doblò, com versões para transportar de cinco a sete passageiros.
Com esse diferencial e uma produção de 1.300 carros por mês, sua pretensão é promover uma reviravolta no mercado dominado pela francesa Citroën Berlingo e pela argentina Renault Kangoo, que venderam, desde que foram lançadas, em 1998 e 2000, respectivamente, 1.162 e 5.950 unidades.
Assim como a Kangoo, que tem dois tipos de motor -1.0 de 59 cv (cavalos) e 1.6 de 90 cv-, a Doblò vem nas opções 1.3 de 80 cv e 1.6 de 106 cv, esta última a mesma do Brava e a mais potente do segmento (a Berlingo só oferece a 1.8 de 90 cv). Apesar de ainda não ter passado pelo teste Folha-Mauá, dados da Fiat revelam que seu carro tem desempenho superior.
Na aceleração de 0 a 100 km/h, a Doblò 1.6, segundo números da fábrica, é mais rápida (12,4 segundos) que a Kangoo 1.6 (13,31s) e que a Berlingo 1.8 (13,75s), as duas já medidas pelo IMT (Instituto Mauá de Tecnologia).
É, também, o maior porta-malas da categoria -750 litros (a Kangoo leva 600 l, e a Berlingo, 664 l) e milimetricamente maior que suas concorrentes: 4,16 m de comprimento e 1,71 m de largura.
A versão EX (1.3 16V), que já vem de fábrica com computador de bordo e direção hidráulica, é a mais barata e custa R$ 26,2 mil, o mesmo preço da Kangoo RL (1.6).
A ELX (1.6 16V), com ar-condicionado, computador de bordo, direção hidráulica e trio elétrico de série, sai por R$ 31,5 mil. A concorrente Berlingo GLX (1.8) é vendida por R$ 29.340.
Quem quiser transformar o carro numa van para sete passageiros gastará mais R$ 700 nos dois bancos e R$ 800 na segunda porta lateral. Com o porta-malas reduzido a uma pequena mala, resta a opção de instalar um rack para acomodar a bagagem (o vendido pela Fiat suporta até 100 kg). A versão topo de linha será comercializada por R$ 35,6 mil.

Divertida
Versáteis -têm o conforto de um carro de passeio, a funcionalidade de uma minivan, a capacidade de carga de um utilitário e a posição de dirigir de um utilitário esportivo-, essas vans, apesar do porte grandalhão (altura média de 1,8 m), são fáceis de manobrar e cabem em qualquer vaga de supermercado ou shopping. Mas, como todo carro que tem centro de gravidade alto, é menos estável em curvas acentuadas.
Espaçosa, a não ser nos dois bancos sobressalentes (retráteis para o lado), não há aquela desagradável sensação de joelhos espremidos contra o encosto da frente, ombros roçando a lateral e cabeça rente ao teto. Assim como a largura da porta (64,5 cm), a posição dos bancos ajuda (os dianteiros ficam a 67 cm do solo, e os traseiros, a 73 cm). Rebatidos, a capacidade vai para 3.000 l.
Rodar com a Doblò é diversão garantida. Seu desenho, longe de ser considerado bonito, é original e agrada mais de dentro do que de fora: robusto, levemente arredondado, parece ter saído de antigos livros infantis.
Chamam a atenção os grandes espelhos retrovisores, que contribuem para uma boa visão. O painel simples, com câmbio integrado, torna a direção fácil e prática. Resta saber se cairá no gosto dos brasileiros. A Fiat está investindo US$ 13 milhões em marketing para convencê-los.


Patrícia Trudes da Veiga, editora de Suplementos, viajou a convite da Fiat


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