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UTILITÁRIO
Motor 2.4 dá mais agilidade
Honda CR-V usa design para atrair "aventureiro"
EDSON FRANCO
EDITOR DE VEÍCULOS E CONSTRUÇÃO
Nem parece que só dois anos separam a chegada do utilitário esportivo Honda CR-V ao Brasil e o
atual lançamento da sua segunda
geração. O carro sofreu alterações
no design e no motor e ficou mais
sedutor para aquele aventureiro
cuja maior descarga de adrenalina ocorre na feitura do cheque.
A começar pelo lado de fora.
Mais altos e estreitos, os faróis
agora se juntam ao pára-choque
envolvente e dão um visual arrojado para a frente do veículo. Na
traseira, a mudança é ainda mais
radical. Agora, as lanternas vão
desde o teto até o pára-choque.
Resultado: o visual externo destaca o CR-V na paisagem. Mesmo
donos dos utilitários Jeep Grand
Cherokee ou BMW X5 não resistem à tentação de dar uma olhada
naquelas paradas no semáforo.
O arrojo realçado no lado de
fora não encontra eco no interior
do veículo. Quase tudo ali sugere
que o carro não fica muito à vontade nas mãos de quem adora
conjugar o verbo "chafurdar".
Não há bússola ou altímetro no
painel. A preocupação com conforto e segurança atinge exageros
como o apito estridente que o carro insiste em produzir até o momento em que o motorista afivela
seu cinto de segurança.
Estética
Mais ou menos úteis, os porta-trecos surgem de todos os quadrantes, com destaque para o
porta-óculos, que pende do teto, e
o porta-copos (para duas unidades), no console central.
Ergonomicamente bem distribuídos, os instrumentos no painel
só pecam no quesito estética. O
caso mais sintomático é o da alavanca do freio de mão, pendurada
entre o volante e o centro do painel. Pode ser bonito no Japão, de
onde o carro vem, mas uma Copa
parece não ter sido suficiente para
encurtar a distância de gosto entre orientais e ocidentais.
Quando os olhos deixam de
captar as diferenças entre as gerações do novo modelo da Honda,
entra o pé direito. E é com ele que
o motorista sente a mais bem-vinda alteração no CR-V.
Anteriormente, o propulsor era
um 2.0 de 147 cv (cavalos). Agora,
um 2.4 de 156 cv impulsiona o veículo. Nas ultrapassagens em estradas, o carro parece tomar fôlego (o câmbio é automático) antes
de despejar a potência.
Para sair de terrenos acidentados, o torque (força) é muito bem
aproveitado pelo sistema de tração nas quatro rodas, que entra
em ação automaticamente quando a situação assim o exige.
O preço (R$ 87.229,49) faz com
que o CR-V saia perdendo na corrida contra os seus principais
concorrentes no mercado, o
Mitsubishi Pajero iO com câmbio
automático (R$ 63.985) e o Toyota RAV 4 (R$ 82.201).
Para incentivar o comprador a
embarcar nessa "aventura", o utilitário da Honda vem com ar-condicionado, toca-CDs e mesinha para lanche.
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