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SEGURANÇA
Preço mínimo da proteção cai de R$ 38 mil para R$ 28 mil, já que a área revestida é cerca de 40% menor
Preço coloca picape pequena no "clube dos blindáveis"
DA REDAÇÃO
Blindar picapes derivadas de
carros pequenos é a nova tendência de segurança automotiva.
Além de esses veículos chamarem
menos a atenção do que importados de luxo, protegê-los sai mais
barato, pois têm a cabine cerca de
40% menor que o automóvel de
passeio do qual se origina.
Não é novidade que as picapes
deixaram de ser usadas como utilitários. Nos últimos anos, ganharam mais itens de conforto -direção hidráulica, vidro elétrico e
ar-condicionado- e novas versões. Seus motores são mais potentes que os dos "populares".
Em vez de pagar de R$ 38 mil a
R$ 43 mil para blindar um compacto como o Palio, é possível desembolsar de R$ 28 mil a
R$ 35 mil para revestir a Strada.
"Essa variação ocorre de acordo
com o nível de blindagem e a escolha de opcionais pelo cliente
[comunicador e sirene, por exemplo"", afirma Rogério Garrubbo,
40, sócio-diretor da Safety Life,
empresa de blindagens que protegeu uma Fiat Strada Adventure,
modelo que passou pelo teste Folha-Mauá (leia texto abaixo).
A Safety Life mantém parceria
com a rede de concessionárias
Projeto (Fiat e Ford), que acaba de
criar uma divisão para cuidar da
venda de carros blindados.
Números
"As pessoas não querem se expor. Por isso estamos blindando
muito Fiat Marea e Strada cabine
estendida. Na linha Ford, isso
ocorre com Courier e Focus", diz
Míriam Mazza, diretora da Central Projeto de Blindados.
Como é uma novidade, não há
estatísticas sobre a evolução de
blindagem de picapes. Mas, só da
Projeto, estão saindo, neste mês,
cinco unidades da Strada.
"Existe um público muito específico para picapes pequenas. É
mais barato, porque vai menos vidro", diz Grace McDarby, gerente
de marketing da blindadora
O'Gara. Segundo ela, não é o perfil da empresa, que trabalha mais
com público corporativo. "Mas a
concorrência parece ter bastante
procura", afirma.
"A blindagem de picapes pequenas cresce sobretudo por ser
um carro discreto", reforça Edmur Linkevicius, 46, engenheiro
automobilístico da Inbra Blindados, que diz já ter trabalhado com
a proteção da Volkswagen Saveiro e da Ford Courier.
Perda de garantia
Duas blindadoras mantêm convênio diretamente com a Fiat Automóveis: Armor e Inbra. "Nessas
a gente sabe como é feito o trabalho e damos suporte em termos
de know-how", conta o engenheiro Carlos Henrique Ferreira, 35,
assessor técnico da Fiat.
A Fiat afirma que blindar o automóvel numa empresa que não
tenha convênio com a montadora
provoca a perda da garantia de fábrica, que é de um ano sem limite
de quilometragem.
"O carro é montado e desmontado, e a gente não sabe como foi
essa montagem", diz Ferreira. Segundo ele, caso a proteção seja
realizada em uma empresa "oficial", o modelo mantém a garantia, e o que for específico da blindagem é responsabilidade de
quem a instalou.
(LUÍS PEREZ)
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