DA REDAÇÃO

Eventos esportivos costumam ajudar a vender carros. Como? As montadoras aproveitam Copa do Mundo e Jogos Olímpicos para criar séries especiais. Atenas-2004 começa em 19 dias, mas o Polo Série Ouro já está nas revendas da Volkswagen. Serão 2.160 unidades produzidas até novembro.
Do Polo 1.6 normal, a série especial recebeu direção hidráulica, ar-condicionado, vidros elétricos, banco do motorista com regulagem de altura e alarme. Os "brindes" do Série Ouro são rodas de liga leve, aerofólio com terceira luz de freio e vidros escurecidos, além de frisos, maçanetas e retrovisor pintados na cor do carro.
Por tudo isso, a Volkswagen cobra R$ 38.154. O Polo 1.6 mais simples custa R$ 36.517, mas, só pelas rodas, é preciso pagar mais R$ 1.445. Ela também oferece ar-condicionado, mas frisos e maçanetas são pretos.
Completa -são opcionais bancos de couro, airbag duplo, freios antitravamento e espelhos elétricos, entre outros-, a nova versão alcança os R$ 48.398. Um Golf 2.0 parte dos R$ 41.487. O hatchback médio tem 116 cv (cavalos), contra os 101 cv do compacto. O novato também perde em torque (força): 14,3 kgfm ante 17,3 kgfm.
Essa é a segunda iniciativa com o Polo. Em 2003, houve a edição Next, lançada no aniversário de 50 anos da montadora no Brasil.

Bolso
As séries especiais conquistam o consumidor exatamente pelo bolso. Mas só na hora da compra. Na revenda, a história é outra. O mercado não paga mais por elas: são consideradas datadas e, daqui a uns anos, pode ser difícil encontrar peças exclusivas, como frisos.
Por isso é sempre bom fazer as contas antes de assinar o cheque. Um carro de série limitada só é vantajoso em termos financeiros se custar, no máximo, 5% a mais que seu similar de série. O Polo Série Ouro é 4,5% mais caro que o Polo. E não traz nenhum logotipo especial. (JOSÉ AUGUSTO AMORIM)


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