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UTILITÁRIO
Novo modelo da Toyota, de R$ 171.937, com tração 4x4 e espaço para oito passageiros, é "herdeiro" do Bandeirante
Vocação do Prado aparece mais na terra que no asfalto
JOSÉ AUGUSTO AMORIM
ENVIADO ESPECIAL A CAMPOS DO JORDÃO
Se a Toyota tivesse atualizado o
lendário Bandeirante, ele seria como o Land Cruiser Prado. Importado do Japão, o novo modelo
chega com a missão de substituir
o SW4 e manter a tradição de fora-de-estrada da montadora.
Rodar com esse jipão de mais de
duas toneladas deixa claro que
sua vocação rural é maior. Na cidade, além dos 131 cv (cavalos) de
potência parecerem não ser suficientes para tanto peso, o modelo
apresenta uma das maiores críticas aos utilitários esportivos: a falta de estabilidade em curvas.
Além disso, a suspensão não é
das mais confortáveis. Os oito
passageiros -há bancos extras
no porta-malas para três crianças- sofrem com as irregularidades do solo, mas bem menos do
que acontecia com o SW4. A sorte
é que o motor diesel é silencioso.
Basta um pouco de terra para
deixar o Prado feliz. A tração permanente nas quatro rodas, com
opção de reduzida e bloqueio do
diferencial, é ajudada pelos bons
ângulos de entrada e saída: 32 e
27, respectivamente. Segundo a
Toyota, o modelo tem capacidade
para passar por trechos alagados
com até 70 cm de profundidade.
A transmissão automática permite sair em segunda marcha, o
que é bem útil quando o Prado está na areia ou na lama. O torque
(força) de 35 kgfm, disponível a
apenas 2.000 rpm, também facilita transpor obstáculos -no asfalto, dá força para subir ladeiras ou
andar quando o farol abre.
Bússola
O Land Cruiser Prado passou
por um banho de loja se comparado ao SW4. No painel, detalhes de
aço e madeira. Há bússola digital,
ar-condicionado também digital
e com ajuste para motorista e passageiro, altímetro e barômetro.
Também traz os equipamentos
"básicos" de um carro que custa
R$ 169.047 (com câmbio manual;
R$ 171.937 com automático): trio
elétrico, toca-CDs para seis discos
e controle de velocidade.
Para segurança, conta com airbag (bolsa de ar que infla em batidas) duplo de dois estágios, freios
com ABS (antitravamento), EBD
(distribuição eletrônica da força
de frenagem) e BA, que detecta
uma frenagem de emergência e
aplica força máxima nos freios.
É mais barato que o Mitsubishi
Pajero Full, de R$ 178.650. Mas esse concorrente tem motor 3.2 de
165 cavalos e câmbio automático
de cinco velocidades.
José Augusto Amorim viajou a convite
da Toyota do Brasil
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