|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
FORA-DE-ESTRADA
Fiat procura fazer consumidor olhar Doblò Adventure de dentro
ARMANDO PEREIRA FILHO
ENVIADO ESPECIAL A BELO HORIZONTE
A multivan Fiat Doblò Adventure -uma versão com aparência
off-road da Doblò tradicional-
chega ao mercado no dia 11 do
mês que vem. Exatamente uma
semana depois, no dia 18, a montadora italiana desencadeia uma
operação de marketing que tem,
entre outros objetivos, quebrar
qualquer restrição estética do
consumidor, fazê-lo entrar no
carro e experimentá-lo.
A estratégia consiste em promover em seis capitais do país
-São Paulo e Rio, entre elas-
um test-drive itinerante. Serão
montadas tendas apenas para oferecer a experiência de conduzir
o veículo. A empresa acredita que,
se o potencial comprador sentar
ao volante, vai se encantar com
o espaço interno e o conforto
e preferir o modelo em vez do utilitário esportivo Ford EcoSport,
seu concorrente direto.
Nova cara
O visual do novo veículo foi
pensado para parecer mais robusto e radical: estepe na porta traseira, estribos e pára-choque traseiro
em alumínio antiderrapante,
pseudoquebra-mato de plástico
integrado ao pára-choque dianteiro, bagageiro no teto e pára-lamas salientes.
As mudanças mais importantes
são a altura e os pneus. A distância para o solo é de 22,3 cm (6 cm a
mais que a Doblò regular e 2,3 cm
mais alto que o EcoSport). Os
pneus são desenhados para uso
misto em asfalto e terra. Só há
uma opção de motorização: 1.8,
com quatro cilindros. A Doblò
Adventure vai custar R$ 41.950.
O EcoSport XLS 1.6 sai por R$
39.950. Não há versão 4x4.
Conforto e lentidão
Conforto é o grande diferencial
da Doblò. Passa tranquila por
lombadas e buracos. A posição de
dirigir vai agradar aos jipeiros
light e às mulheres -segundo
pesquisas das montadoras, elas
gostam muito de se sentir acima
do nível do trânsito.
A alavanca do câmbio no painel,
posição já adotada na Doblò regular, facilita a vida do motorista. A
visibilidade é destaque na família
Doblò. O motor 1.8 dá um bom
torque em rotações elevadas (acima de 2.800 rpm), mas, em giros
menores, o carro sente o peso de
seus 1.400 kg. Ao reduzir a velocidade para passar por obstáculos, a
retomada é lenta.
"Sabemos que há essa lentidão,
mas é preciso se acostumar e
manter o giro alto", diz Appio
Aguiari, diretor de engenharia da
Fiat e "pai" do projeto.
Armando Pereira Filho, editor-assistente de Veículos e Construção, viajou
a convite da Fiat
Texto Anterior: GUIA DE PREÇOS Próximo Texto: Fiat Doblò Adventure Índice
|