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São Paulo, domingo, 28 de setembro de 2003

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FORA-DE-ESTRADA

Fiat procura fazer consumidor olhar Doblò Adventure de dentro

ARMANDO PEREIRA FILHO
ENVIADO ESPECIAL A BELO HORIZONTE

A multivan Fiat Doblò Adventure -uma versão com aparência off-road da Doblò tradicional- chega ao mercado no dia 11 do mês que vem. Exatamente uma semana depois, no dia 18, a montadora italiana desencadeia uma operação de marketing que tem, entre outros objetivos, quebrar qualquer restrição estética do consumidor, fazê-lo entrar no carro e experimentá-lo.
A estratégia consiste em promover em seis capitais do país -São Paulo e Rio, entre elas- um test-drive itinerante. Serão montadas tendas apenas para oferecer a experiência de conduzir o veículo. A empresa acredita que, se o potencial comprador sentar ao volante, vai se encantar com o espaço interno e o conforto e preferir o modelo em vez do utilitário esportivo Ford EcoSport, seu concorrente direto.

Nova cara
O visual do novo veículo foi pensado para parecer mais robusto e radical: estepe na porta traseira, estribos e pára-choque traseiro em alumínio antiderrapante, pseudoquebra-mato de plástico integrado ao pára-choque dianteiro, bagageiro no teto e pára-lamas salientes.
As mudanças mais importantes são a altura e os pneus. A distância para o solo é de 22,3 cm (6 cm a mais que a Doblò regular e 2,3 cm mais alto que o EcoSport). Os pneus são desenhados para uso misto em asfalto e terra. Só há uma opção de motorização: 1.8, com quatro cilindros. A Doblò Adventure vai custar R$ 41.950. O EcoSport XLS 1.6 sai por R$ 39.950. Não há versão 4x4.

Conforto e lentidão
Conforto é o grande diferencial da Doblò. Passa tranquila por lombadas e buracos. A posição de dirigir vai agradar aos jipeiros light e às mulheres -segundo pesquisas das montadoras, elas gostam muito de se sentir acima do nível do trânsito.
A alavanca do câmbio no painel, posição já adotada na Doblò regular, facilita a vida do motorista. A visibilidade é destaque na família Doblò. O motor 1.8 dá um bom torque em rotações elevadas (acima de 2.800 rpm), mas, em giros menores, o carro sente o peso de seus 1.400 kg. Ao reduzir a velocidade para passar por obstáculos, a retomada é lenta.
"Sabemos que há essa lentidão, mas é preciso se acostumar e manter o giro alto", diz Appio Aguiari, diretor de engenharia da Fiat e "pai" do projeto.


Armando Pereira Filho, editor-assistente de Veículos e Construção, viajou a convite da Fiat

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