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SEGURANÇA
Automóveis prateados são 50% mais seguros do que os brancos, mostra levantamento na Nova Zelândia
Cor prata tem menos acidente, diz pesquisa
DA REDAÇÃO
Uma pesquisa divulgada pela
British Medical Association (Associação Médica Britânica) contradiz o que o senso comum e até
a ciência sabem sobre acidentes
de carros. O levantamento estabeleceu uma relação entre cores de
veículos e desastres graves.
Diferentemente do que outras
pesquisas indicavam, as cores
mais vibrantes, como o vermelho,
não são necessariamente as mais
seguras, dizem os pesquisadores.
A conclusão é que os veículos de
tonalidade prata têm 50% menos
chances de se envolverem em acidentes do que os brancos.
A pesquisa, tornada pública
neste mês pela revista médica britânica "British Medical Journal",
teve os dados de 567 acidentes coletados em Auckland (Nova Zelândia), entre abril de 1998 e junho de 1999.
O levantamento levou em conta
exclusivamente eventos nos quais
um ou mais dos ocupantes do
carro foram internados em hospitais ou morreram. Os dados foram registrados em estradas rurais e urbanas.
Nos acidentes pesquisados nessas circunstâncias, os automóveis
brancos lideraram, com 145 casos
(25,6% do total), seguidos dos
azuis, com 91 ocorrências (16,1%)
e dos vermelhos, que se envolveram em 85 acidentes graves (15%
do geral). Os veículos de tonalidade prata ficaram em último lugar,
com 30 casos ou 5,3% do total (veja quadro ao lado).
Controle
Para evitar que a pesquisa fosse
distorcida em razão da quantidade maior ou menor de cores de
carro em circulação (se houver
muitos veículos brancos e poucos
com tom prata, é natural que os
primeiros se envolvam mais em
acidentes), os pesquisadores também levantaram o percentual de
matizes existentes nas estradas
daquela região da Nova Zelândia.
Esse novo dado só reforçou as
primeiras observações. O percentual de carros brancos se manteve
na mesma faixa (25,9%). A proporção de carros prata, diferentemente, dobrou: foi de 5,3% para
11,3%. Quer dizer, há mais carros
dessa tonalidade e, mesmo assim,
eles se envolvem menos em acidentes considerados graves.
Os pesquisadores também fizeram outro cruzamento para verificar demais fatores de risco além
das cores. Foram levados em conta as seguintes variáveis: idade do
motorista, sexo, nível educacional, origem étnica, uso de álcool e
drogas, emprego de cinto de segurança, tempo médio passado ao
volante numa semana, velocidade, ano do modelo, potência do
motor, tipo de estrada, condições
do tempo e período em que aconteceu o acidente (dia ou noite).
Mesmo com esses elementos
considerados, os pesquisadores
afirmam que os carros prata são
50% mais seguros do que os brancos. Eles admitem, no entanto,
que outros fatores podem interferir nos acidentes e que a possibilidade de generalizar esses resultados "está aberta à discussão".
No Brasil
A assessoria de imprensa da Federação Nacional das Empresas
de Seguros Privados e de Capitalização (Fenaseg) informa que as
companhias seguradoras do Brasil não fizeram nenhuma pesquisa
que relacione cores e acidentes.
Segundo a assessoria da seguradora Porto Seguro, a empresa já
realizou anteriormente estudos
que associam as cores a furtos e
roubos de veículos, mas não tem
levantamento sobre acidentes.
Quanto às cores dos carros mais
furtados ou roubados, a Porto Seguro diz que não divulga os resultados por serem considerados
material "estratégico".
(APF)
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