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PERUA
Versão de entrada na linha tem bom desempenho
Volvo V70 2.0T perde 20 cavalos e fica R$ 17 mil mais barata que "irmã"
LUÍS PEREZ
EDITOR-ASSISTENTE DE VEÍCULOS E CONSTRUÇÃO
A V70 2.0T, mais
recente e modesta
integrante da linha
de peruas grandes
que a Volvo coloca
no mercado brasileiro, permite uma blague pronta:
com o dinheiro que se comprava
o mesmo modelo na versão imediatamente superior (a 2.4T, de
R$ 140 mil), agora é possível levar
um carro 1.0 para o dia de rodízio.
Foram sacrificados 20 cv (cavalos) na potência, mas a versão
custa R$ 17 mil a menos. Na ponta
do lápis -ou do cronômetro-,
parece que vale a pena.
Testada pela Folha e pelo IMT
(Instituto Mauá de Tecnologia),
esse pretenso modesto modelo de
180 cv perdeu muito pouco em
desempenho se comparado ao topo de linha V70 Cross Country
(de R$ 171 mil, que tem tração nas
quatro rodas), impulsionada, assim como a 2.4T, por 200 cv.
A perua 2.0T realiza a prova de
aceleração de 0 a 100 km/h em
10,58 segundos -a Cross
Country a cumpre em 10,21s.
Quando se mede a retomada de
velocidade de 40 a 80 km/h, é preciso acionar o olho mecânico
-4,82s para a Cross Country,
contra 4,72s para a nova rival.
Empate mais surpreendente
ocorre quando o assunto é consumo urbano: as duas rodam 6,8
quilômetros com um litro de gasolina. Na estrada, mais uma vitória da mais em conta: 11,50 km/l,
contra 10,1 km/l da Cross
Country. A 2.0T também se mostra mais silenciosa ao marcar 68
decibéis a 100 km/h, ante os 72 decibéis da versão topo de linha.
Sofisticação
Apesar de mais barata justamente para abocanhar mercado,
a V70 2.0T não cai na armadilha
de ser um veículo que aparenta
pertencer a uma categoria inferior. Da esmerada costura do volante, revestido de couro assim
como os bancos, aos equipamentos eletrônicos de segurança (ainda a grande bandeira da marca) e
conforto, o motorista se sente em
um modelo bem sofisticado.
Traz computador de bordo capaz de fornecer informações como consumo instantâneo, distância percorrida e quantos quilômetros faltam para terminar o combustível. A direção vem com altura e profundidade reguláveis.
Mas atenção: alguns itens de
conforto, que são de série nos modelos mais potentes, tornaram-se
opcionais. Exemplos são o DSTC
(controle de tração e estabilidade), faróis de milha, ajustes elétricos do banco do passageiro, além
de limpador e lavador de faróis.
Eis a "mágica" que faz a Volvo
no Brasil afirmar, sem exagero,
que conta agora com a "station
wagon" grande importada mais
em conta do mercado.
Da segurança, porém, a fábrica
sueca continua sem abrir mão.
São seis airbags (dois dianteiros
de duplo estágio, dois laterais e
duas cortinas, também laterais).
Nos freios, há de série ABS (sistema eletrônico de antitravamento)
e EBD (distribuição eletrônica da
força de frenagem).
Como última objeção, é preciso
registrar o fato de o design da Volvo -item que, apesar de nunca
ter sido o forte da marca, vinha se
reabilitando nos últimos anos-
estar envelhecendo rapidamente.
Lançada há quase dois anos no
Brasil, país que tem se revelado
uma vanguarda no design, a V70
já dá esses sinais de desgaste. Em
tempo: a "família V70" fica completa com a versão T5, de 250 cv
de potência e que será comercializada por R$ 164 mil.
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