|
Texto Anterior | Índice
BATENDO PERNA [promoções, outlets e lojas de fábrica]
FIQUE DE OLHO NAS CESTINHAS
Nem tudo que vai para o saldão das lojas é defeituoso, antiquado ou grande demais
LUISA ALCANTARA E SILVA
DA REDAÇÃO
De palha, arame, plástico e
até na versão balde, as cestas
de saldos são um chamariz e
merecem mesmo toda a atenção. Colocadas na entrada
das lojas, reúnem peças em
superpromoção, que chegam
a custar 80% menos do que
quando estavam nas araras.
As cestinhas são uma tentativa de desencalhe das lojas.
Elas carregam roupas de coleções passadas com pouca
variedade de cor e numeração, além de peças com defeitos. Para aproveitar essas
ofertas, o consumidor precisa
ser ágil, porque nada pára
nesses pontos de saldos: a
movimentação das mercadorias é rápida (as peças fotografadas, acima, não devem
mais ser encontradas agora).
Na rua José Paulino, por
onde passam cerca de 20 mil
pessoas por dia, as cestinhas
estão em mais da metade
(240) das 400 lojas, segundo
a Câmara de Dirigentes Lojistas do Bom Retiro.
Uma dessas lojas é a Kes,
que preenche suas duas cestas de duas em duas horas.
Uma calça de algodão pode
ser comprada ali por
R$ 14,90. Uma camisa social,
por R$ 9,90. Nessa loja, peças
como uma bata de algodão e
uma saia bordada, encalhadas havia cinco anos, foram
vendidas recentemente a
R$ 3 cada! Vale a pena passar
ali para dar uma olhada.
Democráticas, as cestinhas
também fazem a alegria de
frequentadoras do shopping
Iguatemi ou da rua Oscar
Freire. Na Jogê do Iguatemi,
as cestas (ou melhor, os baldes de acrílico) dificilmente
têm lingerie de tamanho médio, mas as pechinchas compensam o garimpo: uma calcinha de seda de R$ 48,90 sai
a R$ 29 -se ainda for achada.
Na loja da Oscar Freire da
Jo de Mer, um vestido de verão que custava R$ 497 está
agora por R$ 348, no saldo
que fica sobre a mesa central.
Economia de 30%. A grife de
moda praia reabastece sua
cesta a cada troca de coleção.
Na loja indiana Geeta, na
Vila Madalena, o último domingo do mês é o dia da cestinha, quando, por exemplo,
uma sandália de palha com
pedras cai para R$ 19.
Texto Anterior: Dúvida éticas: Couro sintético é mesmo ecológico? Índice
|