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Leia, escolha e se jogue
Um bom colchão faz a diferença na vida; antes de optar, experimente vários tipos e siga as orientações de quem conhece
ANNETTE SCHWARTSMAN
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Noites mal dormidas no colchão errado têm consequências para a saúde. Escolher
bem, portanto, é fundamental.
Mas a grande variedade disponível nas lojas faz a tarefa parecer hercúlea. Há colchões de
ar, água, molas, espuma, látex,
viscoelástico e magnéticos, sem
falar nos modelos que misturam mais de uma tecnologia.
Além da profusão de tipos, os
preços também deixam qualquer consumidor confuso. Variam de poucas centenas a muitos milhares de reais. Por
exemplo: um de viscoelástico
tamanho king -considerado
uma espécie de Ferrari dos colchões- custa mais de R$ 9 mil.
Um bom colchão é aquele
que melhor absorve a curvatura do corpo, segundo a explicação da fisioterapeuta e professora de educação física Adriana
Ramos Schierz, 39."O ideal seria dormir no espaço, onde não
há gravidade e nossas estruturas não sofreriam pressão. Como isso não é possível, é preciso
dormir em um colchão nem
muito mole e nem muito rígido,
porque aí ele também não se
molda às estruturas mais proeminentes do corpo, dificultando a circulação sanguínea", diz.
Na hora de escolher o colchão novo, vale a pena experimentar o maior número de tipos. A regra básica é simples: se
você se sente bem deitado nele
e consegue se virar sem nenhuma dificuldade, provavelmente
descobriu o colchão dos seus
sonhos. "É preciso conseguir
relaxar a musculatura", ensina
a fisioterapeuta.
"O consumidor não só pode,
como deve testar o modelo na
hora da compra, para ver se o
corpo inteiro está sendo apoiado. Nós sempre indicamos
aquele modelo que respeita a
anatomia e a curvatura da coluna da pessoa", diz Felipe Bettoni, 22, dono da tradicional loja
Bettoni, fundada em São Paulo
por seu bisavô, em 1937.
E, no caso de uma mudança
radical de modelos, é preciso
ter um pouco de paciência: "O
período de adaptação do corpo
a um novo colchão pode durar
até dois meses", diz Adriana.
Mola ou espuma
É comum a confusão, na hora
de optar entre colchão de espuma ou de molas, que são os tipos mais comuns do mercado.
Os de espuma têm como grande vantagem o fato de serem
mais baratos, e exigem que o
consumidor consulte uma tabela para escolher a densidade
adequada ao seu peso. Os de
molas, além de durarem mais
tempo, têm a vantagem adicional de serem mais arejados e
esquentarem menos.
No caso de um colchão para
um casal com biótipos muito
distintos, dá para encomendar
um modelo de espuma com
densidades diferentes em cada
metade. O modelo de molas pode ser mais prático nessa situação, já que a estrutura se adapta
ao peso de cada lado.
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