São Paulo, sábado, 30 de janeiro de 2010

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Leia, escolha e se jogue

Um bom colchão faz a diferença na vida; antes de optar, experimente vários tipos e siga as orientações de quem conhece

ANNETTE SCHWARTSMAN
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Noites mal dormidas no colchão errado têm consequências para a saúde. Escolher bem, portanto, é fundamental.
Mas a grande variedade disponível nas lojas faz a tarefa parecer hercúlea. Há colchões de ar, água, molas, espuma, látex, viscoelástico e magnéticos, sem falar nos modelos que misturam mais de uma tecnologia.
Além da profusão de tipos, os preços também deixam qualquer consumidor confuso. Variam de poucas centenas a muitos milhares de reais. Por exemplo: um de viscoelástico tamanho king -considerado uma espécie de Ferrari dos colchões- custa mais de R$ 9 mil.
Um bom colchão é aquele que melhor absorve a curvatura do corpo, segundo a explicação da fisioterapeuta e professora de educação física Adriana Ramos Schierz, 39."O ideal seria dormir no espaço, onde não há gravidade e nossas estruturas não sofreriam pressão. Como isso não é possível, é preciso dormir em um colchão nem muito mole e nem muito rígido, porque aí ele também não se molda às estruturas mais proeminentes do corpo, dificultando a circulação sanguínea", diz.
Na hora de escolher o colchão novo, vale a pena experimentar o maior número de tipos. A regra básica é simples: se você se sente bem deitado nele e consegue se virar sem nenhuma dificuldade, provavelmente descobriu o colchão dos seus sonhos. "É preciso conseguir relaxar a musculatura", ensina a fisioterapeuta.
"O consumidor não só pode, como deve testar o modelo na hora da compra, para ver se o corpo inteiro está sendo apoiado. Nós sempre indicamos aquele modelo que respeita a anatomia e a curvatura da coluna da pessoa", diz Felipe Bettoni, 22, dono da tradicional loja Bettoni, fundada em São Paulo por seu bisavô, em 1937.
E, no caso de uma mudança radical de modelos, é preciso ter um pouco de paciência: "O período de adaptação do corpo a um novo colchão pode durar até dois meses", diz Adriana.

Mola ou espuma
É comum a confusão, na hora de optar entre colchão de espuma ou de molas, que são os tipos mais comuns do mercado. Os de espuma têm como grande vantagem o fato de serem mais baratos, e exigem que o consumidor consulte uma tabela para escolher a densidade adequada ao seu peso. Os de molas, além de durarem mais tempo, têm a vantagem adicional de serem mais arejados e esquentarem menos.
No caso de um colchão para um casal com biótipos muito distintos, dá para encomendar um modelo de espuma com densidades diferentes em cada metade. O modelo de molas pode ser mais prático nessa situação, já que a estrutura se adapta ao peso de cada lado.


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