São Paulo, domingo, 05 de janeiro de 2003 |
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PAINEL Projeto sacolão O governo Lula estuda enviar ao Congresso projeto de lei que concede incentivos fiscais a empresas que doarem alimentos. Seria uma forma de atrair supermercados, restaurantes, produtores e atacadistas de comida ao programa "Fome Zero". Acordo judicial O projeto em estudo estabeleceria regras de segurança para que empresas doadoras de alimentos ao "Fome Zero" não possam ser responsabilizadas por eventuais contaminações. Hoje, restaurantes preferem jogar sobras de alimentos no lixo a correr risco de um processo. Dupla estréia Quando convidou Luiz Gushiken para ser secretário de Comunicação de Governo, Lula ouviu: "Por que eu? Não sou especialista em comunicação". E respondeu: "E eu não sou especialista em ser presidente!". Adaptação linguística José Fritsch (PT-SC), em conversa com jornalistas, disse que seu primeiro desafio no governo Lula será descobrir a pronúncia correta de seu cargo: secretário da Pesca e Aquicultura. Material reciclado Todos os ministros de FHC e seus assessores devolveram seus celulares ao Planalto. Desde o dia 2, os mesmos aparelhos, com os mesmos números, passaram a ser distribuídos aos novos ocupantes dos cargos. Rua da amargura Geraldo Magela (DF) irritou o PT ao reclamar publicamente de não ter sido indicado à presidência do Banco do Brasil. Pode se tornar um dos únicos candidatos derrotados a governador a não ser compensado com um cargo no governo federal. Novo cargo Arthur Virgílio (AM) será o líder do PSDB no Senado. Neo-oposição Após formarem um bloco no Congresso, PSDB e PFL reivindicarão o cargo de líder da minoria no Legislativo. Será uma maneira de conseguirem mais espaço no plenário para pressionar o governo de Lula. Luta agrária CUT e Contag disputam a Secretaria de Agricultura Familiar do Ministério do Desenvolvimento Agrário de Lula. Relógio ministerial FHC apostou com amigos tucanos que Ciro Gomes (Integração Nacional) não ficará nem seis meses no ministério de Lula. Convocação partidária No seu discurso de posse, Roberto Amaral (Ciência e Tecnologia) deu um recado a Garotinho (PSB), que estava na primeira fila da platéia. Ao se dirigir a ele, disse que a militância no partido "muito espera" dele. Jogada combinada O iatista Lars Grael, novo secretário de Esporte do governador Geraldo Alckmin (PSDB-SP), chamou o jogador de vôlei Pampa e o judoca Aurélio Miguel para trabalharem no órgão. Atração de opostos Os secretários Luiz Roberto Barradas Barata (Saúde) e Barjas Negri (Habitação), que se digladiavam enquanto assessores de Serra na Saúde, fizeram uma parceira em SP. Apresentaram a Alckmin projeto para implantar o programa de Saúde da Família nos conjuntos habitacionais. Padrinho Mauro Filho, que trabalhou no programa de governo da campanha presidencial do PPS, foi indicado por Ciro para a Secretaria de Administração do governador Lúcio Alcântara (CE). Promessa é dívida De José Genoino, presidente do PT, sobre o relacionamento do governo Lula com o Congresso: "Não vamos fazer maioria a qualquer preço. Não vamos oferecer cargos em troca de votos, vamos negociar propostas". TIROTEIO Do ex-ministro da Previdência Roberto Brant (PFL), sobre o PT defender a aprovação da reforma tributária, incluindo a criação de um regime único para os trabalhadores da iniciativa privada e para o setor público: - O PT defende agora o que nos impediu de fazer durante anos. Essa mudança tão repentina revela falta de compostura política e prova que valia de tudo para chegar ao poder. CONTRAPONTO Regime forçado
Candidato ao governo de SP
em 94, o ministro da Casa Civil,
José Dirceu, foi visitar naquela
campanha, com assessores e o
deputado federal João Herrmann (PPS-SP), um assentamento rural em Tupi (SP). |
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