São Paulo, domingo, 06 de outubro de 2002

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PSDB pode ser fiel da balança no 2º turno

MARI TORTATO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CURITIBA

Pelos indicativos das pesquisas eleitorais, o futuro governador do Paraná só será escolhido no segundo turno. A disputa até 27 de outubro será entre ex-aliados, os senadores Alvaro Dias (PDT) e Roberto Requião (PMDB), que polarizaram a campanha.
As candidaturas de Beto Richa (PSDB) e Padre Roque Zimmermann (PT) não chegam a ameaçar os dois líderes.
Para o segundo turno, a tendência é que Requião atraia o maior número de apoiadores entre os derrotados. Ele terminou a campanha de primeiro turno pedindo votos abertamente ao presidenciável Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e transita com facilidade entre a cúpula petista.
Já Dias, que lidera as pesquisas, terá dificuldades para agregar novos apoios. Ele concorre em aliança com PTB e PPB, e apoiou Ciro Gomes (PPS) a presidente. É provável, porém, que conte com o PFL do governador Jaime Lerner.
Em 98, Dias fechou acordo branco com o governador, que disputou a reeleição, derrotando Requião. O PFL não lançou candidato ao Senado e Dias não enfrentou adversário forte. Foi uma articulação contra Requião, inimigo político de Lerner.
O PSDB deve liberar as bases em eventual segundo turno. O candidato do PMDB tentou costurar aliança com os tucanos na pré-campanha, mas acabou sozinho.
Nas últimas semanas, Beto elegeu Requião como alvo preferencial dos ataques. O senador deu o troco no debate de quarta, na TV. Entre os dois, Requião é considerado o mais "palatável" pela cúpula do PSDB. Os tucanos não perdoam o fato de o sucessor do ex-governador José Richa (pai de Beto) ter promovido "uma devassa" sobre o governo anterior, tão logo assumiu, em março de 1987.



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