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Tavares se diz vítima de perseguição
RANIER BRAGON
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE
O governador José Reinaldo Tavares acusou a Polícia Federal do
Maranhão de ter agido de má-fé e
de estar sendo usada por Jackson
Lago e pelo presidenciável José
Serra (PSDB), que estariam "unidos", segundo o pefelista.
"É esse conluio do Jackson com
o Serra, que querem tirar todo
mundo da disputa eleitoral. Funcionou com a Roseana, mas comigo não vai funcionar", afirmou
José Reinaldo Tavares logo após
se reunir com o presidente do
TRE (Tribunal Regional Eleitoral)
do Maranhão, Jamil Gedeon.
Tavares declarou que foi ao TRE
fazer um protesto veemente contra a situação, pedir a liberação do
dinheiro e entrar com uma representação contra a Polícia Federal.
Ele estava acompanhado dos senadores Édison Lobão (PFL) e
João Alberto (PMDB) e do presidente da Assembléia Legislativa,
Manoel Ribeiro (PSD), todos aliados da família Sarney.
Ainda de acordo com o governador, a prisão em flagrante de
Pantoja não poderia ter ocorrido:
"Na minha campanha, disse que
ia gastar R$ 8 milhões. Os R$ 371
mil são para fazer a fiscalização da
eleição amanhã. Não é crime [gritando", de maneira nenhuma,
não poderia ser feita prisão em
flagrante nem nada disso".
Tavares disse ainda que Jackson
Lago estaria querendo tirá-lo "na
marra" da disputa. "Hoje em dia
se quer ganhar eleição é no grito,
tirando o outro competidor da
campanha, isso é uma coisa baixa.
O Jackson quer me tirar na marra,
tudo isso é uma grande molecagem", afirmou o governador.
O deputado federal Roberto Rocha (PSDB), um dos que solicitaram ao Ministério Público a investigação sobre o avião, disse
que a suspeita inicial era de que a
aeronave estaria transportando
um agente da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) que estaria
distribuindo material de informática para fraudar as urnas eletrônicas: "Temos uma rede de informantes no Estado, e, nessas eleições, colocamos alguns nos aeroportos, para fiscalizar isso".
Após saber de que se tratava de
dinheiro, o deputado afirmou ter
a convicção de que se tratava de
tentativa de compra de voto: "É
lógico que é para comprar voto,
voto de eleitor", afirmou Rocha,
que renunciou à sua candidatura.
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