São Paulo, domingo, 06 de outubro de 2002

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Tavares se diz vítima de perseguição

RANIER BRAGON
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE

O governador José Reinaldo Tavares acusou a Polícia Federal do Maranhão de ter agido de má-fé e de estar sendo usada por Jackson Lago e pelo presidenciável José Serra (PSDB), que estariam "unidos", segundo o pefelista.
"É esse conluio do Jackson com o Serra, que querem tirar todo mundo da disputa eleitoral. Funcionou com a Roseana, mas comigo não vai funcionar", afirmou José Reinaldo Tavares logo após se reunir com o presidente do TRE (Tribunal Regional Eleitoral) do Maranhão, Jamil Gedeon.
Tavares declarou que foi ao TRE fazer um protesto veemente contra a situação, pedir a liberação do dinheiro e entrar com uma representação contra a Polícia Federal. Ele estava acompanhado dos senadores Édison Lobão (PFL) e João Alberto (PMDB) e do presidente da Assembléia Legislativa, Manoel Ribeiro (PSD), todos aliados da família Sarney.
Ainda de acordo com o governador, a prisão em flagrante de Pantoja não poderia ter ocorrido: "Na minha campanha, disse que ia gastar R$ 8 milhões. Os R$ 371 mil são para fazer a fiscalização da eleição amanhã. Não é crime [gritando", de maneira nenhuma, não poderia ser feita prisão em flagrante nem nada disso".
Tavares disse ainda que Jackson Lago estaria querendo tirá-lo "na marra" da disputa. "Hoje em dia se quer ganhar eleição é no grito, tirando o outro competidor da campanha, isso é uma coisa baixa. O Jackson quer me tirar na marra, tudo isso é uma grande molecagem", afirmou o governador.
O deputado federal Roberto Rocha (PSDB), um dos que solicitaram ao Ministério Público a investigação sobre o avião, disse que a suspeita inicial era de que a aeronave estaria transportando um agente da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) que estaria distribuindo material de informática para fraudar as urnas eletrônicas: "Temos uma rede de informantes no Estado, e, nessas eleições, colocamos alguns nos aeroportos, para fiscalizar isso".
Após saber de que se tratava de dinheiro, o deputado afirmou ter a convicção de que se tratava de tentativa de compra de voto: "É lógico que é para comprar voto, voto de eleitor", afirmou Rocha, que renunciou à sua candidatura.



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