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Aldo pede fim da guerra fiscal em discurso em ninho tucano
Em evento na Fundação Mario Covas, presidente em exercício enfatiza necessidade de pacto federativo para concluir reforma tributária no 2º mandato de Lula
MALU DELGADO
DA REPORTAGEM LOCAL
No primeiro compromisso
oficial como presidente da República em exercício, o deputado Aldo Rebelo (PC do B-SP)
discursou ontem pela manhã a
uma platéia composta basicamente por políticos do PSDB e
fez um apelo para que se esgote
no país "a experiência nociva
da guerra fiscal".
Aldo enfatizou a importância
de um pacto federativo para
concluir a reforma tributária
no segundo mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Ao final de uma palestra na
Fundação Mario Covas, fez
acenos e elogios ao PSDB enquanto exercia seu "dia de Lula" diante dos principais interlocutores de Geraldo Alckmin.
"Nas matérias de interesse
nacional creio que o PSDB terá
uma posição construtiva. Como oposição, cumprirá sua
missão de cobrar, de fiscalizar."
Segundo ele, o PSDB "tem lideranças maduras e capazes" de
compreender essa relação.
E as lideranças tucanas presentes entenderam o recado
-ou o pedido indireto de apoio
para votações importantes.
"Não sei se o Aldo falou por ele
ou pelo governo, mas o discurso
é correto. Faltam poucos detalhes para votarmos o ICMS
unificado. Acredito que haverá
apoio do PSDB", afirmou o deputado federal Sílvio Torres.
Eleito deputado federal, Edson Aparecido (PSDB-SP), que
foi líder do governo Alckmin na
Assembléia, disse que "há elementos comuns" na agenda citada por Rebelo e a do partido.
"A questão fiscal e o novo pacto
federativo seguramente estarão na agenda do PSDB", disse.
Segundo João Carlos Meirelles, que coordenou a campanha de Alckmin, a reforma tributária "é tese central do
PSDB". Apesar de ponderar
que a reforma não foi concluída
por pendências entre São Paulo
e Goiás, Aldo disse que o Estado
fez concessões importantes para que parte do ICMS seja cobrado no destino, e não na origem, um dos itens da reforma.
Aldo prestou homenagens a
Mario Covas e se lembrou de
ter sido ajudado por ele quando
"recolhido nos estertores do regime autoritário às salas do
Dops". Disse que o tucano foi o
exemplo da "tolerância". Negou que tanta desenvoltura em
ninho tucano esteja ligada às
pretensões de disputar a reeleição à presidência da Câmara. A
visita, disse, estava agendada.
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