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Ato pede mudança na legislação de trânsito

Parentes de vítimas de acidentes querem pena maior para atropeladores embriagados

FELIPE GUTIERREZ
DE SÃO PAULO

Familiares de mortos por atropelamentos fizeram, ontem, no parque Ibirapuera (zona sul de São Paulo), manifestação para pedir alterações na legislação.

Entre outras mudanças, sugerem que pessoas que bebem, dirigem e se envolvem em acidentes devem ser processadas por homicídio culposo (sem intenção de matar) com o agravante da embriaguez ao volante.

Rafael Baltresca, 31, cuja mãe e irmã foram atropeladas e mortas em setembro deste ano, coletou assinaturas para a petição que pretende enviar ao Congresso.

A proposta também prevê o aumento da punição para o atropelador. "A pena iria de cinco a oito anos de prisão; hoje, um [homicídio] culposo dá até quatro [anos], o que permite a eles [motoristas] cumprir em liberdade" disse.

Nilton Gurman, 52, tio do administrador Vitor Gurman, que foi atropelado e morreu em julho, pede que a lei deixe de exigir a prova do bafômetro para considerar o motorista embriagado -para isso, bastaria a palavra do policial na blitz.

"Se [o condutor] se julgar injustiçado, que faça o bafômetro a seu favor, e não use o preceito de que ninguém é obrigado a produzir prova contra si para ficar impune."

A passeata foi motivada pelo Dia das Vítimas de Acidentes de Trânsito e Seus Familiares, da ONU.

Segundo os organizadores, 150 pessoas estiveram no ato.

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