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No Rio, meninas radicalizam e usam skates cor-de-rosa

PAULA BIANCHI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DO RIO

Na praia, a caminho da escola, da academia ou do parque. Garotas andando de skate são cada vez mais comuns nas ruas do Rio de Janeiro.

Para Edson Scander, diretor da CBSK (Confederação Brasileira de Skate), um em cada dez praticantes do esporte no Brasil são mulheres.

Os dados são de uma pesquisa encomendada pelo CBSK ao Datafolha em 2009, que apontou um crescimento de cerca de 10% no número de mulheres skatistas entre 2006 e 2009 -o estudo é realizado a cada quatro anos.

A pesquisadora Mira Wengert, 33, aproveita há dez anos os finais de semana para andar de skate na orla de Ipanema. "Mas não sou skatista", diz. "Ando por hobby."

Nas lojas especializadas, modelos tradicionais dividem espaço com skates com padronagens delicadas, além do indefectível cor-de-rosa.

Dos cerca de 40 clientes que Eduardo Reis atende por dia numa loja especializada na zona sul do Rio, 15 são mulheres. "Fiz esse skate especialmente para as meninas", diz enquanto mostra um modelo em forma de prancha com detalhes rosa choque.

O vendedor Marcelo Berriel associa o aumento da procura feminina à melhora das ruas e ciclovias no Rio.

LONGBOARD

Boa parte do público feminino é adepto do longboard, mais comprido e largo que o skate comum. Além de mais estável e fácil de se equilibrar, ele exige menos esforço.

A skatista e bicampeã dos X-Games Karen Jonz, 27, lembra que quando começou no esporte era a única mulher com um skate na sua vizinhança, em Santo André (SP).

Para ela, a vantagem é que as garotas tem menos medo de errar. "Quando os meninos entram numa rampa ficam com vergonha de pagar mico, cair. As meninas não. Vão lá e tentam", diz.

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