São Paulo, domingo, 06 de outubro de 2002

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PANORÂMICA

ATENTADO

Faixa do PCC faz ameaças à eleição em SP

Um homem não identificado jogou, por volta das 23h de sexta-feira, uma granada contra o prédio onde funciona a Secretaria da Administração Penitenciária, no centro de São Paulo. O artefato não explodiu.
Uma faixa encontrada ao lado da granada trazia a assinatura da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital). Seus dizeres não foram divulgados oficialmente. A reportagem apurou em conversas por celular com presos líderes da facção que a faixa dizia "Governo não cumpriu promessa. Domingo [hoje] não haverá eleição".
A promessa seria a saída dos líderes e fundadores do PCC José Márcio Felício, o Geleião, e César Augusto Roris da Silva, o Cesinha, do RDD (Regime Disciplinar Diferenciado), na prisão de Presidente Bernardes (589 km de SP). No RDD, os presos não podem transitar livremente pelas galerias nem ter rádio ou TV nas celas, por exemplo.
As secretarias da Administração Penitenciária e da Segurança informaram por meio de suas assessorias que não comentariam o caso. A Polícia Civil, que apura o atentado, decretou sigilo de inquérito.
O prédio fica na esquina da rua João Osório com a avenida São João, na região central.
Nos últimos dias, a polícia, o Ministério Público e a própria Secretaria da Administração Penitenciária receberam indícios de que o PCC poderia armar uma rebelião hoje.
Em nota divulgada ontem, a Secretaria da Segurança Pública afirmou que todo o efetivo da PM estará de plantão. Folgas de policiais civis foram suspensas. (DO "AGORA")


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