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PANORÂMICA
ATENTADO
Faixa do PCC faz ameaças à eleição em SP
Um homem não identificado jogou, por volta das 23h de
sexta-feira, uma granada contra o prédio onde funciona a
Secretaria da Administração
Penitenciária, no centro de São
Paulo. O artefato não explodiu.
Uma faixa encontrada ao lado da granada trazia a assinatura da facção criminosa PCC
(Primeiro Comando da Capital). Seus dizeres não foram divulgados oficialmente. A reportagem apurou em conversas por celular com presos líderes da facção que a faixa dizia "Governo não cumpriu
promessa. Domingo [hoje]
não haverá eleição".
A promessa seria a saída
dos líderes e fundadores do
PCC José Márcio Felício, o Geleião, e César Augusto Roris da
Silva, o Cesinha, do RDD (Regime Disciplinar Diferenciado), na prisão de Presidente
Bernardes (589 km de SP). No
RDD, os presos não podem
transitar livremente pelas galerias nem ter rádio ou TV nas
celas, por exemplo.
As secretarias da Administração Penitenciária e da Segurança informaram por meio de
suas assessorias que não comentariam o caso. A Polícia
Civil, que apura o atentado,
decretou sigilo de inquérito.
O prédio fica na esquina da
rua João Osório com a avenida
São João, na região central.
Nos últimos dias, a polícia,
o Ministério Público e a própria Secretaria da Administração Penitenciária receberam
indícios de que o PCC poderia
armar uma rebelião hoje.
Em nota divulgada ontem, a
Secretaria da Segurança Pública afirmou que todo o efetivo
da PM estará de plantão. Folgas de policiais civis foram
suspensas.
(DO "AGORA")
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