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Sul e SE monopolizam a área de saúde
DA REPORTAGEM LOCAL
Apesar da importância da residência médica no mercado de trabalho, as vagas estão mal distribuídas. Segundo a Comissão Nacional de Residência Médica, há
hoje 16.594 vagas, das quais 81%
estão nas regiões Sudeste e Sul. Os
Estados do Amapá e do Tocantins
nem sequer têm programas de residência e cursos de medicina.
O médico Reinaldo Ayer de Oliveira, do Conselho Regional de
Medicina de São Paulo, diz que há
vagas suficientes no Brasil para
quase todos os formandos. No entanto, grande parte dos médicos
sai de suas cidades para prestar os
exames na região Sudeste, o que
deixa vagas não preenchidas no
Norte e Nordeste, enquanto incha
a concorrência em São Paulo, por
exemplo. Além disso, 40% deles
não retornam para suas cidades
após os exames. "É necessário que
haja uma alternativa sólida para
esses médicos."
O presidente da Associação dos
Médicos Residentes do Estado de
São Paulo, Lori Dean de Brito, 26,
diz que hoje há a possibilidade de
fazer cursos de especialização
-algumas vezes pagos- e mais
tarde prestar uma prova para título de especialista. "Mas o diploma
de residente é um pré-requisito
para os melhores empregos."
Para Raul Cutait, 52, presidente
do conselho do Hospital Sírio Libanês, de São Paulo, a residência
médica é um dos pontos mais
avaliados quando o hospital contrata novos profissionais.
Luiz Salvador de Miranda Sá,
64, primeiro-secretário do Conselho Federal de Medicina, diz que a
exigência da residência é uma necessidade da profissão. "Medicina
não é mais um curso terminativo,
quem não tem uma complementação fica marginalizado."
A residência médica é uma pós-graduação que, por meio de treinamento supervisionado, forma
médicos especialistas nas mais diferentes áreas da medicina -os
residentes ganham bolsa de cerca
de R$ 1.460.
A Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM) verifica
se os cursos de residência cadastrados cumprem todas as especificações do decreto de 1977 que
regulamenta os programas. A duração é de, no mínimo, um ano.
Mas o período pode chegar a até
três anos, conforme a especialidade e o interesse do médico.
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