DA REPORTAGEM LOCAL

Dono de um dos prédios vazios que foram invadidos por sem-teto em julho, Ricardo Nuñez Perez, 70, afirma que mantém o edifício desocupado no centro de São Paulo porque não tem dinheiro para reformá-lo. "Foi um ano difícil", afirma.
Nuñez Perez é dono do hotel Terminus, que ficou cerca de dez dias ocupado por militantes sem-teto no final do mês passado, durante uma onda de invasões na região central da cidade.
Segundo ele, o edifício foi comprado há 14 anos e estava alugado até o ano passado. O prefeitura cobra sobre o imóvel R$ 16 mil de IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano).
 

Folha - Quais são as principais dificuldades para manter o prédio?
Ricardo Nuñez Perez - Ter de pagar os impostos, o IPTU, é esse o problema. Mas é que também não estamos em condições de reformar o prédio neste momento. Mas pretendemos logo começar a reformar.

Folha - O sr. planeja reformar com que objetivo?
Nuñez Perez - Para um hotel.

Folha - O sr. já tentou vendê-lo?
Nuñez Perez - Agora tenho de alugá-lo ou arrumá-lo. Fazer alguma coisa, ou então vender. Não tenho idéia de quanto vale. A prefeitura mesma está interessada em alugar o local.

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