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São Paulo, domingo, 10 de agosto de 2003

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Para geólogo, prazo é curto

MAURO ALBANO
DA AGÊNCIA FOLHA

A aplicação da resolução do Conama é inviável na opinião do geólogo Leziro Marques Silva, que estuda casos de contaminação ambiental em cemitérios há mais de 30 anos.
Silva afirma que o prazo é muito curto para resolver um problema tão disseminado. Segundo uma pesquisa realizada por ele, 70% dos cemitérios públicos brasileiros oferecem risco de contaminação porque não praticam nenhum tipo de controle ambiental.
"A resolução é louvável, mas o prazo é extremamente curto. Em alguns aspectos, como na definição de quem vai emitir os licenciamentos ambientais, é muito vaga", disse. "Nós estamos cheios de boas leis. Mas não temos quem as aplique e as fiscalize."
O geólogo, professor da Universidade São Judas Tadeu (SP), analisou 670 cemitérios no país. Segundo ele, o percentual de cemitérios particulares com problemas ambientais é de 25%.
A Cetesb (agência ambiental do governo paulista) disse que será o órgão responsável pela aplicação da resolução em São Paulo, mas que isso "ainda está em fase de regulamentação".
O Serviço Funerário da Prefeitura de São Paulo, que administra 22 cemitérios, afirmou que estão sendo elaborados "estudos técnicos para traçar um plano de ação" para cumprir a resolução federal.
Estão sob a responsabilidade da prefeitura paulistana cemitérios em que a contaminação ambiental foi detectada por pesquisas, como o da Vila Formosa (zona leste) e o da Vila Nova Cachoeirinha (zona norte).

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