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Para geólogo, prazo é curto
MAURO ALBANO
DA AGÊNCIA FOLHA
A aplicação da resolução do Conama é inviável na opinião do
geólogo Leziro Marques Silva,
que estuda casos de contaminação ambiental em cemitérios há
mais de 30 anos.
Silva afirma que o prazo é muito
curto para resolver um problema
tão disseminado. Segundo uma
pesquisa realizada por ele, 70%
dos cemitérios públicos brasileiros oferecem risco de contaminação porque não praticam nenhum tipo de controle ambiental.
"A resolução é louvável, mas o
prazo é extremamente curto. Em
alguns aspectos, como na definição de quem vai emitir os licenciamentos ambientais, é muito
vaga", disse. "Nós estamos cheios
de boas leis. Mas não temos quem
as aplique e as fiscalize."
O geólogo, professor da Universidade São Judas Tadeu (SP), analisou 670 cemitérios no país. Segundo ele, o percentual de cemitérios particulares com problemas ambientais é de 25%.
A Cetesb (agência ambiental do
governo paulista) disse que será o
órgão responsável pela aplicação
da resolução em São Paulo, mas
que isso "ainda está em fase de regulamentação".
O Serviço Funerário da Prefeitura de São Paulo, que administra
22 cemitérios, afirmou que estão
sendo elaborados "estudos técnicos para traçar um plano de ação"
para cumprir a resolução federal.
Estão sob a responsabilidade da
prefeitura paulistana cemitérios
em que a contaminação ambiental foi detectada por pesquisas,
como o da Vila Formosa (zona
leste) e o da Vila Nova Cachoeirinha (zona norte).
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