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Petista não supera crise nos transportes
DA REPORTAGEM LOCAL
Transportes e saúde são ainda,
dois anos depois, as áreas mais
problemáticas da prefeitura, avaliam integrantes do governo.
Até a prefeita Marta Suplicy
(PT) reconheceu as dificuldades
para enfrentar os empresários de
ônibus que operam na capital
paulista. Em julho de 2001, antes
de completar um ano de governo,
a prefeita já apontava as dificuldades nesses setores- mas prometia solução, dentro de um ano.
A retomada da obra do Fura-fila, promessa de campanha da prefeita, só ocorreu em junho deste
ano. A prefeitura conseguiu aumentar a velocidade dos ônibus
nos corredores, mas apenas reformou um dos quatro -a pretensão de Marta nas eleições era ampliar a rede de vias exclusivas para
esse transporte.
Um dos projetos em que a administração aposta suas fichas em
2003 é justamente o que remodela
o sistema de transporte público.
Ele abrirá espaço para empresas
de todo o país e participação de
perueiros no transporte dos bairros. A prefeitura só conseguiu publicar o novo edital agora. Deve
estar disponível na quinta-feira
aos interessados.
Os ex-titulares das pastas em dificuldades deixaram o governo
depois de sucessivos desgastes.
Carlos Zarattini, dos Transportes,
pediu exoneração após as suspeitas de ter favorecido indevidamente empresas de ônibus na liberação de verbas. Desagradou o
gabinete por não informar a operação. Não volta mais. Depois de
sua saída, a prefeitura decidiu aumentar mais uma vez a passagem.
A prefeita já havia condenado o
aumento há um ano, quando reajustou a tarifa pela primeira vez,
por ser medida impopular.
Eduardo Jorge, da Saúde, pediu
para sair para fazer balanço do
mandato de deputado federal, depois de rusgas com membros do
partido em São Paulo. Foi para
Brasília cotado para assumir o
ministério, mas não ganhou o
cargo. A prefeitura garante que, se
ele quiser, retorna à pasta.
A prefeitura conseguiu inserir a
cidade novamente no Sistema
Único de Saúde, mas ainda não é
realidade o projeto de autonomia
aos hospitais. O Programa Saúde
da Família teve a meta de 800
equipes de 2002 reduzida para
600, em razão da queda na receita.
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