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Maia diz que resultado é "auspicioso"
DA SUCURSAL DO RIO
O prefeito do Rio, Cesar Maia
(PFL), foi o penúltimo colocado
no ranking dos nove prefeitos de
capitais avaliados pelo Datafolha.
Maia, que só ganha da paulistana
Marta Suplicy (PT), recebeu nota
5 dos entrevistados. A taxa de
aprovação (ótimo/bom) ficou em
33% e a de reprovação (ruim/péssimo), em 29%.
Apesar da colocação ruim de
Maia no ranking de prefeitos, sua
taxa de aprovação é maior agora
do que em junho de 2001, quando
o Datafolha fez a primeira pesquisa sobre seu governo. Na época,
28% dos cariocas consideravam a
administração ótima ou boa.
Em compensação, aumentou
também a desaprovação -era de
26%, em junho de 2001, caiu para
22%, em dezembro daquele ano, e
hoje é de 29%.
"Para um governo que só realizou seu primeiro gasto tímido em
publicidade nesta semana e que
está ao meio de um ambiente político adverso, em 2002, tanto nacionalmente quanto regionalmente, eu diria que o resultado é
auspicioso", disse Maia, em entrevista por e-mail.
Segundo ele, as expectativas são
"excelentes" para a segunda metade do governo, "quando os tapumes caem".
Para o economista Luiz Mário
Behnken, coordenador do Fórum
Popular do Orçamento, entidade
que reúne 50 ONGs que atuam na
área social, a pesquisa reflete a
"política de entesouramento" que
o prefeito vem fazendo.
"Ele repete o padrão de comportamento que manteve em seu
primeiro mandato: economia nos
dois primeiros anos, para poder
fazer, nos dois últimos, uma avalanche de obras públicas."
Segundo o economista, o governo Maia não tem nenhuma marca
administrativa até agora. "Só há
projetos. É o Museu Guggenheim,
é o Pan-Americano, mas ambos
são para depois do seu mandato."
O cientista político Jairo Nicolau, do Iuperj (Instituto Universitário de Pesquisa do Rio de Janeiro), concorda. Segundo ele, a derrota política de Maia -não foram
eleitos os candidatos que apoiava
ao governo do Estado e à Presidência- influenciou no resultado da pesquisa.
Em 2002, o governo foi marcado ainda por confrontos entre
guardas municipais e camelôs e
um atentado à prefeitura, além de
entraves nas negociações para a
construção da versão brasileira do
Guggenheim, alvo de uma Comissão Parlamentar de Inquérito
(CPI) na Câmara Municipal.
A seu favor, Maia tem dito que
há em caixa R$ 2 bilhões para investimentos. Em campanha publicitária na TV, iniciada na semana passada, o prefeito ressalta o
fato de ter pago antecipadamente
o 13º salário do funcionalismo
municipal, diferentemente do governo do Estado.
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