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Estudante desaparece durante rafting
Michele Guimarães Rocha, 26, estava em bote que virou sábado em corredeira do rio das Antas, no Rio Grande do Sul
Segundo os bombeiros, chances de encontrar vítima viva são "pequenas"; ela usava salva-vidas e estava com outras sete pessoas
LÉO GERCHMANN
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE
Um acidente durante prática
de rafting no rio das Antas, entre os municípios gaúchos de
Nova Roma do Sul e Farroupilha, provocou o desaparecimento da estudante de direito
Michele Guimarães Rocha, 26.
O rafting é um esporte radical de descida de rios com corredeira a bordo de botes infláveis. Segundo o Corpo de Bombeiros, a estudante descia o rio,
com colete salva-vidas e capacete, em um bote com outras
sete pessoas -entre elas um
instrutor. Os outros ocupantes
do bote conseguiram se salvar.
O acidente foi na tarde de sábado, a 1,5 km da ponte de ferro
que liga Nova Roma do Sul a
Farroupilha. De acordo com o
comandante dos bombeiros de
Farroupilha, capitão Ederson
Cunha, o bote deve ter virado
após bater em uma pedra.
Os outros ocupantes do bote
não viram Michele depois que a
embarcação tombou. Alguns,
segundo os bombeiros, observaram o capacete se soltando
da cabeça da estudante.
As duas empresas responsáveis pela prática de rafting no
local são a Rio das Antas Turismo e a Gasper Montanhismo.
Em nota divulgada ontem, as
empresas disseram que o acidente foi um "fato isolado e
sem precedentes nesse tipo de
esporte na região". Informaram ainda que mantêm equipes
de colaboradores e voluntários
no local das buscas e que estão
disponibilizando suas estruturas a autoridades e familiares
da estudante desaparecida.
""Fica difícil determinar alguma responsabilidade. Sabemos
que todos, incluindo a vítima,
estavam vestindo a roupa indicada. O salva-vidas tinha capacidade para uma pessoa de 120
quilos, e todos usavam capacete", disse o capitão.
A profundidade do rio das
Antas no local do acidente é de
três a quatro metros. As pedras
formam uma espécie de corredor e tornam a velocidade das
águas maior no trecho.
O Corpo de Bombeiros disse
que as chances de Michele ser
encontrada viva são pequenas.
As buscas continuavam no final
da tarde de ontem.
Segundo Cunha, não havia
registro de acidentes ao menos
desde 1997. "Afogamentos, por
exemplo, ocorrem. Com rafting, foi a primeira vez. O rio fica ainda mais perigoso quando
está baixo, quando aparecem as
pedras. No sábado [dia do acidente], as pedras apareciam."
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