São Paulo, terça-feira, 30 de janeiro de 2007

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Estudante desaparece durante rafting

Michele Guimarães Rocha, 26, estava em bote que virou sábado em corredeira do rio das Antas, no Rio Grande do Sul

Segundo os bombeiros, chances de encontrar vítima viva são "pequenas"; ela usava salva-vidas e estava com outras sete pessoas

LÉO GERCHMANN
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE

Um acidente durante prática de rafting no rio das Antas, entre os municípios gaúchos de Nova Roma do Sul e Farroupilha, provocou o desaparecimento da estudante de direito Michele Guimarães Rocha, 26.
O rafting é um esporte radical de descida de rios com corredeira a bordo de botes infláveis. Segundo o Corpo de Bombeiros, a estudante descia o rio, com colete salva-vidas e capacete, em um bote com outras sete pessoas -entre elas um instrutor. Os outros ocupantes do bote conseguiram se salvar.
O acidente foi na tarde de sábado, a 1,5 km da ponte de ferro que liga Nova Roma do Sul a Farroupilha. De acordo com o comandante dos bombeiros de Farroupilha, capitão Ederson Cunha, o bote deve ter virado após bater em uma pedra.
Os outros ocupantes do bote não viram Michele depois que a embarcação tombou. Alguns, segundo os bombeiros, observaram o capacete se soltando da cabeça da estudante.
As duas empresas responsáveis pela prática de rafting no local são a Rio das Antas Turismo e a Gasper Montanhismo.
Em nota divulgada ontem, as empresas disseram que o acidente foi um "fato isolado e sem precedentes nesse tipo de esporte na região". Informaram ainda que mantêm equipes de colaboradores e voluntários no local das buscas e que estão disponibilizando suas estruturas a autoridades e familiares da estudante desaparecida.
""Fica difícil determinar alguma responsabilidade. Sabemos que todos, incluindo a vítima, estavam vestindo a roupa indicada. O salva-vidas tinha capacidade para uma pessoa de 120 quilos, e todos usavam capacete", disse o capitão.
A profundidade do rio das Antas no local do acidente é de três a quatro metros. As pedras formam uma espécie de corredor e tornam a velocidade das águas maior no trecho.
O Corpo de Bombeiros disse que as chances de Michele ser encontrada viva são pequenas. As buscas continuavam no final da tarde de ontem.
Segundo Cunha, não havia registro de acidentes ao menos desde 1997. "Afogamentos, por exemplo, ocorrem. Com rafting, foi a primeira vez. O rio fica ainda mais perigoso quando está baixo, quando aparecem as pedras. No sábado [dia do acidente], as pedras apareciam."


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